Tive de esperar tanto tempo
Para ouvir da tua boca
A mais agreste e ácida palavra da raiva
Atirada contra mim
Espadas de ferro e fogo
Em cinco arestas de sangue
Fui apanhado de surpresa à mesa do rei
Que esboçou um sorriso sarcástico
Daquela sabedoria que alguns reis tinham
Enquanto as nuvens negras e corvos esvoaçavam em volta
Da cabeça da tua mãe.
Traição? Injúria?
Não foi a pequenez da tua verbe
Que abalou o meu dia
Foi saber que a ingratidão
Assentou arraias em volta do meu castelo
E me cerca com um nó na garganta
Que importa morrer se é a vontade da natureza?
Que importa acabar esta aventura se os personagens acabaram a história?
Não desembainharei a minha espada
Porque há muito a troquei pela pena
Encontrarei um buraco fundo na minha alma
Para que todas as ofensas morram aí
E eu possa descansar em serenidade
Do amor que sempre te tive!
Basta!
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