sábado, 30 de novembro de 2024

Mensageira da esperança

 


Saiu à rua a mensageira da esperança

Acenar às gentes desesperadas a verdade

A fórmula inacabada do caminho

Que já escorria nos semblantes do mundo

Há muito se tinha perdido a esperança

A matança nem dormir queria

Era ver os rios de sangue

E as cabeças das crianças 

Separadas de seus corpos

Que ainda rezavam.

Era ver as rosas tingidas de vermelho

E as flores a desistirem

Vergadas de orvalho escuro

Era ver o mundo andar para trás

Desistir de rodar em direção ao sol

Rodava ao invés para a noite


Já não havia declarações de amor

Nem força para os beijos

Nem suspiro para os abraços

Toda a gente desistira de correr

Sentara-se apenas a olhar

Sem saber o que admirar

Braços caídos olhar perdido

Sem lábios no rosto

E olhos sem lágrimas.

Mas o anjo da esperança

Saiu à rua, de fita amarela ao pescoço 

E uma bandeira vermelha na mão

Em cada esquina deixava pétalas encarnadas

Que na sua ausência floresciam inebriadas de alegria

Com um toque de mão em cada ombro

Era um contágio em cada alma

Que se acendia noutra vizinha.

Assim correu mundo o anjo da esperança

Com uma fita amarela ao pescoço e

Uma bandeira vermelha na mão.


Reuniram os poderosos

Tal não podia acontecer

Não era exemplo que lhes servisse

Contra ela enviaram canhões e aviões

Metralha incandescente de raiva

A tudo resistia o anjo da esperança

Com um toque nos campos

Renascia o milho e os girassóis

Corria água nas fontes secas

Cantavam os pássaros na mudez antiga

Enchia-se o olhar do povo

Dum azul nunca visto

Davam as mãos na rua

E a madrugada veio apanhar os amores aos beijos

Com promessas de futuro.

A falarem dos risos das crianças

Que haviam de ser

 E voltar a ir à escola

Os mares voltariam a ser navegados

Os campos cultivados

E a serenidade aos corações 


E o mundo deixou de ser a noite fria e cruel

Dando lugar ao dia radioso de verde e azul 


Onde está o anjo da esperança?

Perguntavam todos crédulos e inocentes.

O anjo da esperança és tu

Repetia a voz em cada um

O anjo da esperança és tu!

O anjo da esperança somos nós!

MRodas



quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Habitantes das árvores II

 



Vivo nos meus sonhos para entender a realidade, mas tu precisas da realidade para entender os sonhos! 


Queres que te perdoem por deixares de sonhar?





 Nuca foste real, mas sim um sonho a preencher o vazio do quotidiano!


Tu sim, a síntese perfeita entre sonho e realidade. Apenas dependes da minha percepção! Verdade ou falso?


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Os caminhos da traição

 


A traição pode manifestar-se de várias formas, dependendo do contexto e das relações envolvidas. Cada uma dessas formas de traição tem seu impacto, e as consequências podem variar de acordo com o grau de confiança e o tipo de relação que foi rompida. A traição, em qualquer de suas formas, costuma ter efeitos devastadores na confiança e nos laços humanos. Aqui estão algumas das formas mais comuns de traição:


1. **Traição Amorosa**:

   - **Infidelidade Física**: Envolver-se sexualmente com outra pessoa fora do relacionamento.

   - **Infidelidade Emocional**: Desenvolver uma ligação emocional profunda com outra pessoa, compartilhando intimidades e sentimentos que deveriam ser exclusivos do parceiro.

   - **Traição Virtual**: Manter relacionamentos amorosos ou sexuais através de plataformas digitais, como redes sociais, aplicativos de mensagens ou sites de encontros.


2. **Traição de Confiança**:

   - **Quebra de Confidencialidade**: Revelar segredos ou informações pessoais que foram compartilhados em confiança.

   - **Deslealdade**: Ajudar ou apoiar oponentes ou inimigos, ou não defender alguém em momentos de necessidade.


3. **Traição Amistosa**:

   - **Fofoca e Difamação**: Falar mal de um amigo pelas costas, espalhando boatos ou mentiras.

   - **Negligência**: Não apoiar um amigo em momentos críticos, ou escolher o próprio interesse em detrimento da amizade.


4. **Traição Familiar**:

   - **Abandono**: Deixar um membro da família, especialmente em momentos de necessidade.

   - **Desrespeito aos Laços Familiares**: Priorizar relacionamentos externos ou atividades em detrimento do vínculo familiar.


5. **Traição Profissional**:

   - **Espionagem Corporativa**: Roubar segredos comerciais ou informações confidenciais da empresa e repassá-los a concorrentes.

   - **Conflito de Interesses**: Tomar decisões que beneficiem interesses próprios ou de terceiros, em detrimento da empresa ou equipe.


6. **Traição Política ou Social**:

   - **Traição Nacional**: Atos de traição contra o próprio país, como espionagem, cooperação com inimigos ou subversão.

   - **Traição Ideológica**: Abandonar ou trair princípios ou causas que antes eram defendidos, especialmente em busca de ganhos pessoais.


7. **Auto-Traição**:

   - **Negligência Pessoal**: Tomar decisões que vão contra os próprios valores ou crenças, ou permitir ser manipulado ou explorado contra a própria vontade.


8. **Traição Intelectual**:

   - **Plágio**: Apropriar-se das ideias, trabalhos ou criações intelectuais de outra pessoa sem dar o devido crédito.

   - **Manipulação da Verdade**: Distorcer ou suprimir informações em debates acadêmicos, profissionais ou científicos para favorecer interesses próprios.


9. **Traição Espiritual ou Religiosa**:

   - **Apostasia**: Abandonar a própria fé ou religião, especialmente de forma pública, em detrimento das crenças anteriormente professadas.

   - **Hipocrisia Religiosa**: Praticar ou pregar algo que vai contra os princípios da própria religião ou crença que se declara seguir.


10. **Traição Ambiental**:

    - **Exploração Destrutiva**: Contribuir conscientemente para a destruição ambiental, como poluir ou explorar recursos naturais de maneira insustentável, em violação de compromissos ecológicos.

    - **Quebra de Promessas Ecológicas**: Não cumprir promessas ou compromissos ambientais, como acordos de preservação.


11. **Traição Cultural**:

    - **Apropriação Cultural**: Usar elementos de uma cultura sem o devido respeito ou entendimento, especialmente quando se é de um grupo dominante ou privilegiado.

    - **Desrespeito às Tradições**: Abandonar ou desprezar tradições culturais ou comunitárias que são significativas para um grupo ao qual se pertence.


12. **Traição no desporto:

    - **Doping**: Usar substâncias proibidas para melhorar o desempenho desportivo, traindo a ética do desporto.

    - **Transferência Traiçoeira**: Deixar um grupo para jogar por um rival direto de forma repentina ou sem aviso, especialmente em contextos onde há grande rivalidade.


13. **Traição de Acordos ou Contratos**:

    - **Quebra de Contrato**: Não cumprir os termos de um contrato ou acordo legal, seja em negócios, trabalho ou pessoal.

    - **Desrespeito a Acordos Verbais**: Quebrar promessas ou compromissos assumidos verbalmente, especialmente em relações de confiança.


14. **Traição Social**:

    - **Falsidade Social**: Fingir ser amigo ou solidário com alguém por interesse, e depois agir contra essa pessoa.

    - **Manipulação Social**: Usar táticas de manipulação para controlar ou influenciar pessoas ou grupos, traindo a confiança social.


15. **Traição Artística**:

    - **Desvio de Originalidade**: Abandonar o próprio estilo ou valores artísticos para se conformar a tendências comerciais, traindo a essência criativa.

    - **Usurpação de Ideias Artísticas**: Roubar conceitos ou expressões criativas de outros artistas sem reconhecimento ou crédito.


16. **Traição no Voluntariado ou Ativismo**:

    - **Falsa Representação**: Apresentar-se como defensor de uma causa ou movimento social apenas para ganho pessoal ou prestígio, sem real compromisso.

    - **Traição de Causas Humanitárias**: Desviar fundos, recursos ou apoio destinados a causas beneficentes ou de justiça social para outros fins.


17. **Traição no Contexto de Saúde**:

    - **Violação de Confidencialidade Médica**: Compartilhar informações médicas privadas sem consentimento.

    - **Negligência Profissional**: Falhar em fornecer cuidados adequados ou éticos, traindo a confiança dos pacientes.


Cada uma dessas formas de traição tem nuances específicas e pode ter impactos profundos nas relações e na sociedade. A traição, independentemente da forma, costuma deixar marcas duradouras e afetar a confiança, o respeito e a coesão entre indivíduos e comunidades.

Ao longo da história são vários os exemplos de traição. Aqui fica uma lista dos os mais célebres!


1. **Bruto e a Conspiração contra Júlio César (44 a.C.)**:

   - **Contexto**: Júlio César, o ditador romano, foi assassinado numa conspiração liderada por Bruto, Casca e outros senadores. Bruto era considerado um protegido de César e sua traição foi particularmente chocante.

   - **Impacto**: O assassinato levou a uma série de guerras civis que eventualmente resultaram no fim da República Romana e no início do Império Romano sob Augusto..


3. **Judas Iscariotes e a Traição de Jesus Cristo**:

   - **Contexto**: Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos de Jesus, traiu-o por 30 moedas de prata, entregando-o às autoridades romanas.

   - **Impacto**: A traição de Judas levou à crucificação de Jesus, um evento central na história do cristianismo.


4. **Guy Fawkes e a Conspiração da Pólvora (1605)**:

   - **Contexto**: Guy Fawkes fazia parte de um grupo de católicos ingleses que planejou explodir o Parlamento Britânico para assassinar o rei protestante James I e restaurar um governo católico. A conspiração foi traída e Fawkes foi capturado.

   - **Impacto**: A descoberta da conspiração levou a um aumento da desconfiança e repressão contra os católicos na Inglaterra, e Guy Fawkes se tornou um símbolo histórico, especialmente na cultura popular.


5. **A Conspiração de Piso contra Nero (65 d.C.)**:

   - **Contexto**: Uma conspiração liderada por Gaius Calpurnius Piso tentou assassinar o imperador Nero e substituí-lo por Piso. A conspiração foi descoberta antes de ser executada.

   - **Impacto**: Nero respondeu com uma série de execuções de senadores e outros nobres, aprofundando a tirania de seu governo. A conspiração, no entanto, acabou levando ao enfraquecimento de Nero e sua eventual queda.


6. **Conde de Warwick e a Guerra das Rosas (Século XV)**:

   - **Contexto**: Richard Neville, Conde de Warwick, conhecido como o "Fazedor de Reis", inicialmente apoiou a Casa de York, mas depois traiu Eduardo IV, unindo-se à Casa de Lancaster.

   - **Impacto**: Sua traição foi fundamental para a continuidade da Guerra das Rosas, uma série de conflitos dinásticos na Inglaterra, e teve grande impacto na sucessão ao trono inglês.


7. **Philippe Pétain e a França de Vichy durante a Segunda Guerra Mundial**:

   - **Contexto**: O Marechal Philippe Pétain, herói da Primeira Guerra Mundial, colaborou com a Alemanha nazista como chefe de estado do regime de Vichy após a derrota francesa em 1940.

   - **Impacto**: Sua colaboração foi vista como uma traição à França e ao movimento de resistência. Após a guerra, Pétain foi condenado por traição e sua reputação foi severamente manchada.


8. **A traição de Mir Jafar na Batalha de Plassey (1757)**:

   - **Contexto**: Mir Jafar, comandante do exército do estado de Bengala, na Índia, traiu seu governante, o Nawab Siraj ud-Daulah, ao conspirar com os britânicos durante a Batalha de Plassey.

   - **Impacto**: A traição de Mir Jafar foi crucial para a vitória britânica, marcando o início da dominação colonial britânica na Índia. Ele foi nomeado Nawab pelos britânicos, mas sua traição deixou um legado de desonra.


9. **A traição de Alcibíades na Guerra do Peloponeso (431–404 a.C.)**:

   - **Contexto**: Alcibíades era um general ateniense que, após ser acusado de profanação, desertou para Esparta durante a Guerra do Peloponeso. Ele também mudou de lado várias vezes, apoiando atenienses, espartanos e persas conforme seus interesses.

   - **Impacto**: Sua traição complicou ainda mais o já caótico conflito entre Atenas e Esparta, prolongando a guerra e contribuindo para a eventual derrota de Atenas.


10. **A Queda de Constantinopla e a Traição de Loukas Notaras (1453)**:

    - **Contexto**: Durante o cerco de Constantinopla pelos otomanos, Loukas Notaras, um alto oficial bizantino, teria sugerido uma rendição ao sultão Mehmed II, mas acabou sendo traído e executado após a captura da cidade.

    - **Impacto**: A queda de Constantinopla marcou o fim do Império Bizantino e a ascensão do Império Otomano como uma grande potência.


Aqui estão mais exemplos de traições significativas que ocorreram na Europa ao longo da história:


11. **A Traição de Harold Godwinson na Batalha de Hastings (1066)**:

    - **Contexto**: Harold Godwinson jurou apoio a Guilherme, Duque da Normandia, prometendo apoiá-lo na sucessão ao trono da Inglaterra. No entanto, após a morte do rei Eduardo, Harold aceitou a coroa para si mesmo.

    - **Impacto**: Guilherme da Normandia, sentindo-se traído, invadiu a Inglaterra, derrotou Harold na Batalha de Hastings e se tornou Guilherme, o Conquistador, mudando para sempre a estrutura política e social da Inglaterra.


12. **A Traição dos Borgonheses na Guerra dos Cem Anos (1435)**:

    - **Contexto**: Durante a Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra, os borgonheses inicialmente apoiaram os ingleses. No entanto, em 1435, o Duque de Borgonha, Filipe, o Bom, mudou de lado e fez as pazes com Carlos VII da França, traindo seus aliados ingleses.

    - **Impacto**: Esta traição foi um ponto de virada crucial na guerra, enfraquecendo significativamente a posição inglesa na França e levando eventualmente à vitória francesa.


13. **A Noite de São Bartolomeu (1572)**:

    - **Contexto**: Durante as guerras religiosas na França, o casamento de Margarida de Valois (católica) com Henrique de Navarra (protestante) foi visto como uma tentativa de reconciliação entre católicos e huguenotes (protestantes). No entanto, poucos dias após o casamento, milhares de huguenotes que estavam em Paris foram massacrados sob ordens reais.

    - **Impacto**: A traição e o massacre dos huguenotes na Noite de São Bartolomeu fortaleceram a desconfiança entre as facções religiosas e prolongaram as guerras religiosas na França.


14. **A Conspiração dos Pazzi (1478)**:

    - **Contexto**: A família Pazzi, rival dos Medici em Florença, conspirou para assassinar Lorenzo de' Medici e seu irmão Giuliano durante uma missa. Embora Giuliano tenha sido morto, Lorenzo sobreviveu e a conspiração fracassou.

    - **Impacto**: A traição levou a uma brutal repressão contra os Pazzi e seus apoiadores, fortalecendo ainda mais o poder dos Medici em Florença e impactando a política da Renascença italiana.


15. **A Traição de Christian de Anhalt na Guerra dos Trinta Anos (1618–1648)**:

    - **Contexto**: Christian de Anhalt, um dos principais defensores da causa protestante no Sacro Império Romano, inicialmente apoiou o imperador Habsburgo. No entanto, ele traiu o imperador ao apoiar a eleição de Frederico V, um protestante, como rei da Boêmia, provocando o início da Guerra dos Trinta Anos.

    - **Impacto**: Sua traição foi um dos gatilhos para a Guerra dos Trinta Anos, um conflito devastador que envolveu grande parte da Europa e resultou em imensas perdas humanas e territoriais.


2. **Benedict Arnold durante a Revolução Americana (1780)**:

   - **Contexto**: Benedict Arnold era um general do Exército Continental durante a Guerra de Independência dos EUA. Ele mudou de lado e conspirou para entregar o forte de West Point aos britânicos.

   - **Impacto**: Embora seu plano tenha sido descoberto antes que pudesse ser executado, a traição de Arnold o tornou um dos traidores mais infames da história dos Estados Unidos


16. **A Traição de Charles Maurice de Talleyrand durante as Guerras Napoleônicas (1804–1815)**:

    - **Contexto**: Talleyrand, inicialmente um dos principais conselheiros de Napoleão Bonaparte, começou a trair Napoleão ao negociar secretamente com os inimigos da França e ao encorajar a deposição de Napoleão.

    - **Impacto**: A traição de Talleyrand foi instrumental na queda de Napoleão, ajudando a orquestrar o retorno da monarquia Bourbon ao trono da França após as Guerras Napoleônicas.


17. **A Conspiração de Wallenstein (1634)**:

    - **Contexto**: Albrecht von Wallenstein, um general imperial do Sacro Império Romano durante a Guerra dos Trinta Anos, foi acusado de tramar uma traição contra o imperador Fernando II. Ele supostamente estava em negociações com os inimigos do império e foi assassinado por ordens do imperador.

    - **Impacto**: A morte de Wallenstein desestabilizou as forças imperiais durante a Guerra dos Trinta Anos, levando a uma fase de maior desordem e prolongando o conflito.


18. **O Caso Dreyfus (1894–1906)**:

    - **Contexto**: Alfred Dreyfus, um oficial judeu do exército francês, foi falsamente acusado de traição por supostamente passar segredos militares à Alemanha. O caso dividiu a França entre os que acreditavam na sua inocência e os que o consideravam culpado.

    - **Impacto**: O caso Dreyfus revelou profundos antissemitismos e injustiças no sistema militar e judicial francês, levando a reformas significativas e tornando-se um marco na luta pela justiça e pelos direitos humanos.


19. **A Traição de Vidkun Quisling na Noruega durante a Segunda Guerra Mundial**:

    - **Contexto**: Vidkun Quisling foi um político norueguês que colaborou com a Alemanha nazista após a ocupação da Noruega em 1940. Ele se tornou o líder do governo colaboracionista imposto pelos nazistas.

    - **Impacto**: O nome "Quisling" tornou-se sinônimo de traidor em várias línguas. Sua colaboração com os nazistas teve consequências devastadoras para a Noruega durante a guerra, e ele foi executado por traição após a libertação do país.


20. **A Traição de Andrey Vlasov e o Exército de Libertação Russo na Segunda Guerra Mundial**:

    - **Contexto**: O general soviético Andrey Vlasov foi capturado pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial. Ele se voltou contra a União Soviética e liderou o Exército de Libertação Russo, lutando ao lado dos nazistas contra o Exército Vermelho.

    - **Impacto**: Vlasov e seu exército colaboraram com os alemães em várias frentes, mas sua traição teve impacto limitado, pois as forças soviéticas acabaram prevalecendo. Após a guerra, Vlasov foi capturado pelos soviéticos e executado por traição.


Esses exemplos de traição na Europa ilustram como atos de deslealdade podem ter consequências profundas, alterando o curso de guerras, afetando o destino de nações e deixando legados duradouros de desconfiança e conflito.


Esses exemplos mostram como a traição pode alterar o curso da história, destruindo reinos, mudando governos e afetando profundamente o destino das nações. Cada um desses atos de traição carrega lições sobre lealdade, poder e as consequências das decisões humanas.

Exemplos das mais famosas traições amorosas, ao longo da História da humanidade


Traições amorosas são temas recorrentes na história da humanidade, tanto na vida real quanto na ficção. Aqui estão alguns exemplos notáveis de traições amorosas:


### 1. **Cleópatra, César e Marco Antônio (Antigo Egito e Roma)**

   - **Contexto:** Cleópatra, rainha do Egito, teve um relacionamento com Júlio César, que resultou em um filho, Cesário. Após o assassinato de César, Cleópatra começou um romance com Marco Antônio, um dos líderes romanos que dividiu o poder após a morte de César.

   - **Traição:** Marco Antônio era casado com Otávia, irmã de Otaviano, o futuro imperador Augusto. A relação com Cleópatra foi vista como uma traição a Otávia e à aliança política com Otaviano, levando a uma guerra civil.


### 2. **Helena, Menelau e Páris (Mitologia Grega)**

   - **Contexto:** Helena era esposa de Menelau, rei de Esparta. Ela era famosa por sua beleza, e seu casamento era considerado uma aliança poderosa.

   - **Traição:** Helena fugiu com Páris, príncipe de Troia, o que provocou a Guerra de Troia. A traição de Helena a Menelau é uma das histórias de infidelidade mais célebres da mitologia.


### 3. **Lancelot, Guinevere e o Rei Arthur (Lenda Arturiana)**

   - **Contexto:** Guinevere era a esposa do Rei Arthur, o lendário governante britânico. Lancelot era um dos cavaleiros mais leais e honrados da Távola Redonda.

   - **Traição:** Guinevere e Lancelot se apaixonaram e mantiveram um caso, traindo a confiança de Arthur. Esse amor proibido é uma das principais causas da queda do reino de Camelot.


### 4. **Ana Bolena, Henrique VIII e Catarina de Aragão (Inglaterra, Século XVI)**

   - **Contexto:** Henrique VIII era casado com Catarina de Aragão, mas se apaixonou por Ana Bolena, uma dama da corte.

   - **Traição:** Henrique VIII decidiu anular seu casamento com Catarina, o que não foi permitido pela Igreja Católica. Em resposta, ele rompeu com a Igreja e criou a Igreja Anglicana para poder se casar com Ana Bolena. A traição de Henrique a Catarina teve enormes consequências políticas e religiosas na Inglaterra.


### 5. **Marquês de Lafayette, George Washington e Adrienne de Noailles (Revolução Americana)**

   - **Contexto:** O Marquês de Lafayette foi um jovem nobre francês que se tornou um aliado crucial de George Washington durante a Revolução Americana. Ele era casado com Adrienne de Noailles, uma mulher da nobreza francesa.

   - **Traição:** Embora não tenha sido uma traição amorosa no sentido convencional, Lafayette, durante suas viagens para apoiar a Revolução Americana, teve várias aventuras extraconjugais, causando tensão no casamento com Adrienne.


### 6. **Simón Bolívar e Manuela Sáenz (América Latina, Século XIX)**

   - **Contexto:** Simón Bolívar, o Libertador da América Latina, teve uma relação amorosa com Manuela Sáenz, uma mulher que se tornou uma de suas maiores aliadas e apoiadoras.

   - **Traição:** Bolívar era conhecido por suas várias amantes, mesmo enquanto estava em um relacionamento com Manuela. Apesar de sua devoção a Bolívar, ele a traiu com outras mulheres, o que causou tensão em seu relacionamento.


Esses exemplos mostram como as traições amorosas não só afetam os indivíduos envolvidos, mas também podem ter grandes repercussões históricas e culturais.



Em Portugal


Aqui estão mais exemplos de traição na história de Portugal:


A história de Portugal também é marcada por episódios de traição que tiveram impactos significativos no curso dos eventos do país. Aqui estão alguns exemplos notáveis:


1. **A Traição de Inês de Castro (1355)**:

   - **Contexto**: Inês de Castro era a amante de D. Pedro, filho do rei Afonso IV de Portugal. Apesar de ser amante, o relacionamento era profundo, e D. Pedro eventualmente casou-se secretamente com Inês. No entanto, a corte e o próprio rei viam o relacionamento como uma ameaça política. Em 1355, Inês foi assassinada por ordens do rei, visto por D. Pedro como uma traição pessoal e política.

   - **Impacto**: Após a morte de seu pai, D. Pedro se tornou rei e vingou a morte de Inês, executando brutalmente os assassinos. A história de Inês de Castro tornou-se uma das mais trágicas e românticas na literatura e cultura portuguesa.


2. **A Conspiração dos Távoras (1758-1759)**:

   - **Contexto**: A família Távora, uma das mais poderosas de Portugal, foi acusada de conspiração para assassinar o rei D. José I. O atentado contra o rei falhou, mas a punição foi severa. Sob ordens do Marquês de Pombal, vários membros da família Távora e seus aliados foram presos, torturados e executados.

   - **Impacto**: Este episódio marcou uma época de repressão política e consolidou o poder do Marquês de Pombal. A conspiração e a subsequente punição brutal são vistas como um dos momentos mais tensos e violentos da história política portuguesa.


3. **A Traição de Miguel de Vasconcelos durante a Restauração da Independência (1640)**:

   - **Contexto**: Durante o domínio espanhol sobre Portugal (União Ibérica), Miguel de Vasconcelos era o secretário de Estado e um dos principais defensores da continuidade da União Ibérica. Em 1 de dezembro de 1640, quando os nobres portugueses iniciaram a revolta para restaurar a independência de Portugal, Miguel de Vasconcelos foi capturado e morto, sendo lançado pela janela do palácio.

   - **Impacto**: A morte de Miguel de Vasconcelos simbolizou o fim do domínio espanhol e o início da Restauração da Independência de Portugal. Ele é lembrado como um traidor por apoiar os interesses espanhóis sobre os portugueses.


4. **A Traição de D. Afonso VI (Século XVII)**:

   - **Contexto**: D. Afonso VI, rei de Portugal, foi traído pela sua esposa, Maria Francisca de Saboia, e pelo seu irmão, D. Pedro II. Após ser declarado incapaz de governar devido a problemas mentais, D. Afonso VI foi forçado a abdicar em favor de D. Pedro, que se casou com Maria Francisca após a anulação do casamento dela com Afonso.

   - **Impacto**: A deposição de D. Afonso VI e a ascensão de D. Pedro II ao trono levaram a mudanças significativas na dinastia de Bragança e na política portuguesa.


6. **A Traição de D. João IV por D. Luísa de Gusmão (1640)**:

   - **Contexto**: Embora esta não seja uma traição convencional, D. Luísa de Gusmão, esposa de D. João IV, desempenhou um papel crucial ao apoiar a Restauração da Independência de Portugal, traindo assim os interesses espanhóis a que estava ligada por casamento. Foi ela quem incentivou D. João IV a liderar a revolta contra os Habsburgos espanhóis, culminando na Restauração de 1640.

   - **Impacto**: A restauração da independência de Portugal após 60 anos de domínio espanhol foi um marco na história portuguesa, e o papel de D. Luísa de Gusmão foi fundamental para o sucesso da revolta.


7. **A Traição do Tratado de Methuen (1703)**:

   - **Contexto**: Este tratado foi um acordo comercial entre Portugal e a Inglaterra, que favorecia as exportações de vinho português para a Inglaterra e, em troca, facilitava a entrada de tecidos ingleses em Portugal. Apesar de não ser uma traição no sentido tradicional, o acordo foi visto por muitos como uma "traição econômica" por submeter Portugal aos interesses ingleses.

   - **Impacto**: O tratado teve efeitos duradouros na economia portuguesa, com o país se tornando altamente dependente do comércio com a Inglaterra, o que limitou o desenvolvimento industrial de Portugal e causou grande descontentamento entre os setores mais nacionalistas.


8. **A Traição do Conde de Andeiro durante a Crise de 1383-1385**:

   - **Contexto**: O Conde de Andeiro, João Fernandes Andeiro, era um nobre galego que se envolveu politicamente e romanticamente com a rainha Leonor Teles, esposa de D. Fernando I de Portugal. Após a morte de D. Fernando em 1383, Leonor tornou-se regente de Portugal em nome de sua filha, D. Beatriz, que estava casada com o rei João I de Castela. O Conde de Andeiro apoiava os interesses castelhanos, o que era visto como uma traição aos interesses portugueses. A sua influência sobre Leonor e a aliança com Castela provocaram grande descontentamento entre a nobreza portuguesa.

   - **Impacto**: A traição do Conde de Andeiro contribuiu para a crise dinástica que levou à Revolução de 1383-1385. Ele foi assassinado por D. João, Mestre de Avis, em 1383, um ato que desencadeou a guerra civil e, eventualmente, a vitória portuguesa na Batalha de Aljubarrota em 1385, assegurando a independência de Portugal.


10. **A Traição de D. Afonso, Duque de Bragança (1483)**:

   - **Contexto**: D. Afonso, Duque de Bragança, foi acusado de conspirar contra o rei D. João II de Portugal. Como chefe da poderosa Casa de Bragança, D. Afonso estava envolvido em várias atividades que o rei via como ameaças à sua autoridade, incluindo a suposta comunicação com os Reis Católicos de Espanha para planejar a deposição do monarca português.

   - **Impacto**: D. João II reprimiu severamente a nobreza, incluindo D. Afonso, que foi executado por traição em 1483. Este episódio marcou a consolidação do poder régio sobre a nobreza e fortaleceu a posição de D. João II, permitindo-lhe centralizar o poder em Portugal.


11. **A Traição de Dom António, Prior do Crato, após a Crise de Sucessão de 1580**:

   - **Contexto**: Após a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir em 1578, Portugal entrou em uma crise de sucessão. Dom António, Prior do Crato, reivindicou o trono e foi proclamado rei por seus partidários em 1580. No entanto, ele foi derrotado pelas forças de Filipe II de Espanha, que reivindicou o trono de Portugal e iniciou a União Ibérica. Dom António, apesar de inicialmente lutar pela independência de Portugal, posteriormente buscou apoio estrangeiro, incluindo de inimigos tradicionais de Portugal, como a Inglaterra e a França, para retomar o trono, sendo visto como um traidor por negociar a soberania portuguesa em troca de apoio militar estrangeiro.

   - **Impacto**: As tentativas de Dom António para recuperar o trono falharam, e ele morreu no exílio. Sua traição ao buscar apoio de potências estrangeiras enfraqueceu a causa da independência e marcou um período de subordinação de Portugal à coroa espanhola até a Restauração da Independência em 1640.


13. **A Traição dos Nobres durante a Revolta da Maria da Fonte (1846-1847)**:

   - **Contexto**: A Revolta da Maria da Fonte foi um movimento popular contra o governo central e as reformas liberais em Portugal. Muitos nobres, que inicialmente apoiaram o governo liberal, traíram o governo ao aliar-se com os rebeldes, motivados por seus interesses pessoais e descontentamento com as reformas que afetavam seus privilégios.

   - **Impacto**: A traição dos nobres enfraqueceu o governo e levou ao aumento da instabilidade política, culminando na guerra civil conhecida como a Patuleia. A revolta e a subsequente traição marcaram um período de turbulência que afetou o processo de consolidação do liberalismo em Portugal.


14. **A Traição de D. Manuel II (1908-1910)**:

   - **Contexto**: D. Manuel II, o último rei de Portugal, foi acusado por alguns de ter traído a causa monárquica ao não resistir ativamente à Revolução Republicana de 1910, que derrubou a monarquia e instaurou a Primeira República Portuguesa. Embora D. Manuel II tenha tentado promover reformas e apaziguar as tensões, sua falta de ação militar contra os republicanos foi vista como uma traição pelos monarquistas mais fervorosos.

   - **Impacto**: A abdicação implícita de D. Manuel II e sua fuga para o exílio na Inglaterra marcaram o fim da monarquia em Portugal e o início da Primeira República. A percepção de traição entre os monarquistas contribuiu para a divisão e fragmentação do movimento monárquico nos anos subsequentes.

Exemplos de traições no Portugal de Salazar.


Aqui estão mais alguns exemplos de traições durante a ditadura de Salazar em Portugal:


4. **A Traição de António de Oliveira Salazar ao Movimento de Unidade Democrática (MUD)**:

   - **Contexto**: O Movimento de Unidade Democrática (MUD) foi fundado em 1945 como uma plataforma de oposição ao Estado Novo, inicialmente com o consentimento tácito de Salazar, que o via como uma forma de legitimar o regime no cenário internacional após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, quando o MUD começou a ganhar força e organizar-se de forma mais contundente contra o regime, Salazar traiu a confiança inicial e lançou uma repressão severa contra seus membros, utilizando a PIDE para prender e torturar líderes e simpatizantes do movimento.

   - **Impacto**: A repressão ao MUD demonstrou a disposição de Salazar de trair qualquer promessa de abertura política, consolidando ainda mais o regime autoritário. A traição reforçou a clandestinidade dos movimentos de oposição, intensificando a resistência ao regime e o afastamento de qualquer esperança de liberalização interna.


5. **A Traição de Joaquim Pires Jorge (1961)**:

   - **Contexto**: Joaquim Pires Jorge era um dos principais dirigentes do Partido Comunista Português (PCP) e um membro do Comitê Central. Em 1961, Pires Jorge foi capturado pela PIDE e, sob tortura, acabou traindo informações importantes que levaram à prisão de outros membros da resistência comunista. Sua colaboração com a PIDE foi vista como uma das mais graves traições dentro do movimento comunista na época.

   - **Impacto**: A traição de Pires Jorge causou um sério revés ao PCP, um dos principais focos de resistência ao Estado Novo. Vários membros do partido foram presos, e a confiança interna no movimento foi abalada, levando a uma reorganização estratégica e a intensificação das medidas de segurança interna.


6. A Traição do General Humberto Delgado (1965)**:

   - **Contexto**: O General Humberto Delgado foi uma figura de oposição ao regime salazarista em Portugal. Embora não tenha sido uma "traição" em sentido tradicional, o termo se aplica aqui porque ele foi atraído a um encontro na fronteira com a Espanha sob pretexto de negociações políticas, mas foi traído e assassinado por agentes da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado).

   - **Impacto**: A morte de Delgado, conhecido como "General sem Medo", tornou-se um símbolo da repressão do Estado Novo e fortaleceu a oposição ao regime de Salazar, contribuindo para o descontentamento que culminaria na Revolução dos Cravos em 1974.



7. A Traição de Kaúlza de Arriaga (1974)**:

   - **Contexto**: General Kaúlza de Arriaga foi um dos mais altos comandantes militares durante as guerras coloniais e um defensor fervoroso do Estado Novo. Embora Arriaga tivesse inicialmente apoiado o regime, ele foi visto como traidor por muitos dentro do próprio regime e da elite militar por suas tentativas de ganhar poder pessoal e suas críticas à condução das guerras coloniais. Sua eventual derrota política, e a sua postura ambígua durante os momentos finais do regime, foram vistas como uma traição aos ideais salazaristas.

   - **Impacto**: A posição de Arriaga, especialmente suas críticas internas e sua falta de ação decisiva durante o colapso do regime, simbolizaram as divisões dentro da elite militar e política que levaram ao colapso do Estado Novo. Sua traição, percebida ou real, mostrou as fragilidades internas do regime em seus momentos finais.


Esses eventos mostram como a traição, seja por figuras de oposição ou por aqueles próximos ao poder, desempenhou um papel crucial na história do Estado Novo, contribuindo tanto para a repressão brutal quanto para o eventual declínio e queda do regime em 1974.


Esses exemplos destacam como a traição, seja em contexto militar, político ou dinástico, teve um papel significativo na formação da história de Portugal, influenciando o destino de reis, nobres e o próprio país.

Alexandre Inácio

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Dragão

Foto, MRodas

 Vem a névoa dum lago 

Onde desafogo o pensamento

Para que  saibas 

O valor da revelação

O poder dum dragão

Nascido em cada um

Escondido de todos

Mas presente na dor comum


sábado, 16 de novembro de 2024

6. dia

 


Hoje foi um dia terrível para este diário. Torci o pé direito, de manhã e já não consegui ir à vela. Que chatice! Uhfff!

Bom, mas o dia foi passando e tentei valorizar as coisas boas. Primeiro, de manhã, fui à praia de Carcavelos e, como o tempo estava de verão, não resisti tomei dois banhos fantásticos. Água maravilhosa e sol espetacular. Até eu fiquei tão surpreendido que fiz um video para memória futura. Banho do dia 13 de novembro. É isso, dia 13, azar! O que vale é que não sou supersticioso. Avisei os amigos da vela a dizer que não podia ir, mas desejava-lhes uma ótima aventura, no Tejo.

Como estava em casa, aproveitei para fazer uma revisão d matéria e fui à IA saber o que havia disponível sobre CABOS, VELAS E GUINDASTES. Ora vejam: 

Um barco à vela é uma embarcação rica em nomenclatura específica, especialmente nas partes relacionadas à navegação. Aqui estão os nomes dos principais cabos, velas e guindastes encontrados num barco à vela, com suas respectivas finalidades.

1. Cabos • Escotas: Cabos que servem para ajustar a posição das velas, controlando o ângulo delas em relação ao vento. • Escota da vela grande: Ajusta a vela principal. • Escota da genoa: Ajusta a vela de proa. • Amantilho: Cabo que sustenta o peso da retranca (a barra horizontal que fica na parte inferior da vela grande). • Brandais: Cabos de aço ou cordas que sustentam o mastro lateralmente. • Brandais de barlavento: Ajudam a evitar que o mastro dobre para o lado oposto ao vento. • Estais: Cabos que sustentam o mastro para frente e para trás. • Estai de proa: Fixa o mastro pela frente e onde muitas vezes a vela de proa, como a genoa, é fixada. • Estai de popa: Sustenta o mastro para trás, impedindo-o de inclinar para frente. • Baluma: Cabo que tenciona a parte traseira da vela. • Cunha: Cabo que regula a altura da retranca em relação ao mastro. • Carreta: Cabo usado para ajustar a posição das velas em sentido horizontal. • Escoteira: Peça ou cabo que prende o punho da vela para esticar a parte inferior (carangueja). • Borneca: Corda para prender as velas ao mastro ou à retranca. • Bujarrona: Usado para ajustar a posição da bujarrona (vela de proa maior que a genoa). • Fundo: Cabo para ajustar a posição da retranca para baixo. 2. Velas • Vela Grande (ou Mestra): A vela principal que está presa ao mastro e à retranca. Fornece a maior parte da propulsão do barco, direcionando-o contra o vento. • Genoa: Uma vela de proa grande que se estende além do mastro. É usada para navegar com vento de través (lateral) e popa. • Vela de Estai (ou Tormentina): Uma vela menor de proa, usada em ventos fortes. É menor e oferece mais controle em condições adversas. • Spinnaker (ou Balão): Uma vela grande e leve, usada em ventos favoráveis, como vento de popa, para aumentar a velocidade. • Vela de Trinqueta: Fica entre o mastro principal e o mastro da proa, usada em ventos fortes para melhorar a estabilidade. • Vela de Estai Interno (Stay sail): Menor e montada em um estai interno para condições de vento fortes. • Vela de Storm Jib: Pequena, triangular, para ventos muito fortes. • Vela de Popa (ou Mezena): Usada em barcos de dois mastros, situada no mastro menor (popa) para equilibrar o barco. 3. Guindastes e Dispositivos de Elevação • Halyard (Adriça): Cabos que servem para içar as velas até o topo do mastro. • Adriça da vela grande: Iça a vela grande até o topo do mastro. • Adriça da genoa: Iça a genoa. • Grua: Um pequeno guindaste, geralmente usado para levantar e abaixar o bote auxiliar do barco. • Mastro: O grande “poste” vertical que sustenta as velas e distribui o peso delas. • Retranca: Barra horizontal na parte inferior da vela grande, ajuda a estabilizar e estender a vela. • Mastro de Genaker: Usado em algumas embarcações para içar e controlar velas maiores como o genaker ou spinnaker. • Cadernal e Moitão: Polias para reduzir a carga e facilitar o manuseio dos cabos das velas. 4. Outros Cabos e Acessórios de Controle • Esticador: Serve para ajustar a tensão dos estais ou brandais. • Trapézio: Usado em embarcações leves para os tripulantes se posicionarem fora do barco e equilibrá-lo. • Rizos: Linhas usadas para reduzir o tamanho da vela em ventos fortes. • Carro de Escota: Permite ajustar a posição da escota de uma vela, especialmente nas velas de proa. • Retinida: Cabo para manter a vela amarrada ao mastro ou à retranca quando está recolhida. Esses cabos, velas e guindastes trabalham em conjunto para garantir que o barco possa navegar de maneira eficiente e segura, aproveitando a força do vento. Cada um desempenha um papel específico na orientação, tensão e ajuste das velas para responder ao vento e ao MAR.

Fiquei surpreendido. Bolas. O que a IA sabe!


terça-feira, 12 de novembro de 2024

5. dia

  •  

  • Voltamos ao rioTejo e às suas águas calmas e tranquilas, que desde Espanha até Lisboa percorrem muitos e muitos kms. Quantos?
  • Hoje, por azar, não havia vento e sem vento não há energia. Saímos da doca de Alcântara, com motor ligado e dirigimo-nos até meio do rio, apontando à Trafaria. Fiquei ao leme, mas sem vento e muito devagarinho. Até deu para tirar fotografias e tive mais tempo para apreciar a orla costeira dum e do outro lado, isto é, das duas margens! 
  • Contava a minha mãe, que o o seu pai, meu avô, quando regressou dos Estados Unidos, onde permaneceu alguns anos, os necessários  para amealhar o dinheiro suficiente para comprar terras em Paradela de Soajo e tirar os filhos da miséria-, dizia duas coisas interessantes. A primeira é que Lisboa, vista por quem sobe o rio Tejo, era a cidade mais linda que tinha visto. E agarrado ao leme, fico a imaginar o que o meu avô, Firmino Barbosa, tinha visto! Não a Ponte 25 abril, não a cidade com as torres das Amoreiras e o museu novo da eletricidade, e mais uns não sei quantos prédios novos, mas a luz de Lisboa, a orla ribeirinha do a Tejo, o colorido das casa e telhados mantêm uma harmonia, com reflexos na água que tranquiliza a alma mais agitada. Foi isso que o meu avô tanto admirou e eu, passados tantos anos volto a sentir algo parecido, como se voltasse atrás na máquina do tempo.
  • Parece um cartaz dum filme, a capa dum livro, uma pintura dum mestre desconhecido! Uma história de mistério e saudade! De romance com final incerto. Música e fado, fado e luz!
  • A segunda sentença que o meu avô disse, segundo a minha mãe, era que a pia de batismo da freguesia de Soajo queria-se partida! Porquê? Porque tinha visto terras tão bonitas, onde podia ser tão feliz quer sozinho, quer com a família e por causa do amor à terra onde tinha nascido e sido batizado, regressou, a uma terra tão madrasta! E eu, na esteira dele, podia dizer o mesmo, agarrou-se-me o sangue àquelas penedias verdes e àgua corrente, ao ar fresco, aos poentes de glória, que delá, não pude mais sair, nao!
  • Voltemos ao Tejo e à navegação.
  • Como não havia vento, não desfraldamos as velas  e ficamos a conversar com  Antó, que de dia para diaestá mais simpático. As relações são assim, começam com distância e ou acabam ou seguem o caminho da proximidade, empatia e bom relacionamento. É um consolo ouvi-lofalardas suas aventuras no mar com passagem pelo Brasil.
  • Aproveitei para esclarecer algumas dúvidas acerca destes mapas
  • Se o vento (sombreado) vem da proa incide nos amurais, este pode navegar a estibordo ou bombordo, e num um ângulo de 45 graus navega à bolina.
  • Se o vento vem da popa, temos os amurais a estibordo ou bombordo, mas num ângulo de 135 graus! 



  • Falamos de muitas coisas, prioridades, sinalização, tomada de vistas, etc. 




  • Neste quadro temos mais um conjunto de nomes que a arte de marear à vela necessita, porque foi preciso construir uma linguagem comum e deste modo, poder ser rápido na identificação dos objectos ou locais e assim responder ou dar e receber ordens ou fazer pedidos ou chamar atenção dos parceiros a fim de se cumprir a tarefa com prontidão e e sucesso. 







  • Dois veleiros em rumo de colisão
  • Independente das normas de regata, existem duas regras básicas às quais os velejadores devem se ater:
  • 1ª - Quando os veleiros recebem o vento por bordos diferentes, o que receber o vento com as velas a bombordo tem direito de passagem.
  • 2ª - Se ambos receberem o vento do mesmo bordo, o de sotavento tem preferência de passagem.

  • As balizas de entrada de porto para as embarcações 

    Nas entradas dos portos, encontra marcas laterais que indicam o caminho que tem de seguir. Evite sair dos canais indicados..

    Deve dar bombordo às balizas vermelhas quando entra no porto. De noite, elas reconhecem-se pelo sinal luminoso vermelho.

    Deve dar estibordo às balizas verdes quando entra no porto. Têm igualmente sinais luminosos de cor verde.

    Mas cuidado com os hábitos: esta sinalização marítima não é válida em todo o mundo. Nalguns continentes ou países, está invertida. É o caso dos departamentos franceses ultramarinos.

    Então, antes de partir, verifique bem a sinalização em vigor nos locais onde pretende navegar!



  • região b - dia -iala.jpg
  • região b - noite - iala.jpg







sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Porque raio votas tu no Trump?

 


Sei que és meu semelhante

Sofres e sonhas como eu. 

Queres uma vida melhor para ti e teus filhos

Gostas da família e dos amigos.

És honrado e queres o melhor para o teu país

E gostavas da paz no mundo 

E que todos os povos sejam felizes e vivam bem!


Acordas de manhã a sorrir

Ou a chorar pelas tuas dores e dos outros

Trabalhas o dia todo, dás o teu melhor

Regressas cansado a casa

Participas nas tarefas domésticas

Ouves as queixas dos filhos 

Dás conselhos e apelas à moderação, à amizade

Falas do sentido crítico, da liberdade

E do respeito para com os outros

Sim, eu sei que falas disso.


Sei que quando te deitas 

Agradeces ao teu Deus pela

Vida que tens.

O carro está na garagem, os impostos estão pagos

O dinheiro amealhado garante-te uma velhice tranquila.

Sei que se pudesses há muito terias acabado com a pobreza

Darias condições aos que dormem na rua

Combaterias o mercado das drogas

A injustiça e a desigualdade. Eu sei disso

Mas porque raio votas tu no Trump?

Que mal te fazem os que querem viver a vida duma forma diferente da tua?

Ou que pensam de forma diferente

Ou que acreditam num Deus diferente

Explica-me bem, como se eu tivesse chegado hoje a Terra

Vindo dum planeta distante.

Explica, meu irmão

Para que eu compreenda a razão

De acreditares em mentiras, 

que sabes serem mentiras, não sabes?

Votar em Trump

E regressar a casa, com as mãos nos bolsos

Sorriso de menino travesso

Confiante que fez o que devia

Olhar a família e os amigos nos olhos 

Dormir descansado porque 

Votaste  no Trump.

Explica-me como fazes isso

Porque tenho 71 anos e não compreendo! 

Porquê?



quinta-feira, 31 de outubro de 2024

4. Dia

 


Hoje foi o 4. dia da aventura à vela no Tejo. Ontem tivemos treino físico e cognição, em terra. O treino físico é simples, exercícios de força, equilíbrio e concentração. O treino cognitivo também é simples, mas reconheço a minha dificuldade em fazer nós utilizados no mar. Talvez se fossem exercícios práticos com cordas, seriam mais fáceis, mas não há remédio, é treinar, treinar, treinar…com cordéis!
Nós em oito, nó direito, nó do fiel, nó lais de guia, nó volta de cunho, etc…Fui à internet e encontrei, https://blog.clickandboat.com/pt/nos-de-marinheiro/
 Os exercícios com os dedos da mão, em movimentos alternados com as duas mãos, mostraram-se um verdadeiro quebra-cabeças. Não imaginava como é difícil sincronizar movimentos com o polegar e mindinho da mão esquerda com os equivalentes na mão direita. E fazer uma sequência de 4 movimentos sincronizados, com as duas mãos, ainda é mais difícil!
No intervalo estive a conversa com o Vi, que com o seu ar enérgico, se mostrava muito interessado. Falamos de parques e de como se começou pelo interesse paisagístico, por influência do Arq. Gonçalo Ribeiro Teles. Só mais tarde, apareceu o interesse na preservação da natureza e ultimamente interessa se dá dinheiro, senão não tem interesse. Tempos que vivemos.
Por sugestão dele vou telefonar para o ICNF para tentar saber onde está o arquivo dos Serviços Florestais no Norte, desde os anos 40, até a sua passagem para o Parque Nacional Soajo Gerês, em 1972. Seria interessante fazer uma procura sobre os Serviços Florestais em Arcos de Valdevez e em Soajo e ver a correspondência entre o Engenheiro Oliveira e o meu pai, José de Sousa Rodas, Guarda-Florestal, bem como o expediente normal do serviço.
Mas voltemos ao Tejo. O dia foi ficando cada vez mais escuro e no final já caíam gotas de água.

Se a proa estiver apontada a barlavento ( donde vem o vento) o barco não anda. Por isso, é necessário arribar, afastar a proa da direção do vento. O contrário é orçar.
Para que isso aconteça é preciso caçar ou folgar a vela, como mostra a imagem. É um jogo de cordas e de coordenação entre a tripulação , enquanto o do leme tenta manter o barco no ângulo desejado, em relação ao vento.
Ainda me sinto pouco à vontade, porque são atividades novas para mim, e seis tripulantes atrapalham me. 
Propus ao piloto Antó que nos levasse até ao Bugio, mas ele disse que como a maré estava vazante, seria preciso mais tempo, pois a maré arrasta  ou puxa o barco e não havia vento suficiente para o trazer de volta em tempo útil.



No final, no regresso para atracar, o mestre Antó, ao leme, deixou descair o barco, e este embateu ligeiramente no cais. Serviu para lembrar como é difícil controlar a sua inércia. São muitas toneladas, talvez nove ou dez.
Deixo aqui 7ma recolha de provérbios ligados ao mar.

Provérbios sobre o Mar

Grande nau, grande tormenta.
Quem é do Mar, não enjoa.
Quem vai ao Mar, perde o lugar.
Gaivotas em terra, tempestade no Mar.
Não se afoga no Mar, o que lá não entrar.
Os Mares mais calmos, são os mais profundos.
O Mar aproxima as terras que ele separa.
Antes o Mar por vizinho, do que, cavaleiro mesquinho.
O Mar que  é Mar, nem sempre dá, hoje não dá, amanhã haverá.
Quando o Mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão.
Alto Mar e não de vento, não promete seguro tempo.
Sem razão se queixa do Mar, quem outra vez navega.
Quem anda no Mar, não faz do vento o que quer.
Não pude passar o Mar, sem de fortuna me queixar.
Enquanto o Mar bonança, todos são bons pilotos.
Quem não entrar no Mar, nele não se afogará.
Nem com o Mar contar, nem a muitos fiar.
Vista bela é ver o Mar e morar em terra.
Quem o Mar gaba, não tem visto a praia.
Nem muito ao Mar, nem muito à terra.
Quem vai ao Mar, avia-se em terra.
Não há Mar bravo, que não amanse.
Repartiu-se o Mar e fez-se sal.
No Mar bravo, às vezes há bonança.
No Mar anda, para quem nós ganha.
Jornada de Mar, não se pode taxar.
Homem do Mar, cabeça no ar.
Há Mar e Mar, há ir e voltar.
Nau grande, pede Mar fundo.
É inútil levar água ao Mar.

E ainda um poema meu sobre a viagem.




Viagem

Era apenas um pau perdido nas arestas das rochas
Trazia a memória dos sonhos da árvore sua mãe
Que cedo lhe dizia
Faz-te ao mar, faz-te ao mar...

E o pau, resto desse sonho
Já chegara à praia
Onde as ondas continuavam as orações da mãe
Faz-te ao mar, faz- te ao mar

Adormecia enrolada na areia
A ouvir as gaivotas e o ronronar das ondas
Mas ao mar para quê? Tanta àgua...

Foi preciso vir uma criança
E transformar a madeira em vela e casco
A oração em viagem
E o sonho em aventura
Vai pau! Faz-te ao mar!

E o pau se fez caravela
Flor, vento e promessa
Acenar aos continentes
Que a viagem vale a pena quando me solto de mim
olhos meus nos olhos teus, água e floresta

O mar acalenta o sonho
E tu me levas na doce brisa do teu sorriso
Quando num abraço levamos o mundo dentro de nós
E encontramos naus e bandeiras
De braços abertos
A dar- nos voz

Faz-te ao mar, faz-te ao mar!

MRodas