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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

A guerra II

 



"A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam, se matam, baseados em decisões tomadas por velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam... ” - Paul Valéry


Essa citação de Paul Valéry engloba de maneira impactante e provocatória a natureza paradoxal e trágica da guerra. Vamos explorar mais a fundo o significado dessa afirmação.

"A guerra é um lugar onde jovens que não se conhecem e não se odeiam, se matam..." - Paul Valéry

Essa parte da citação destaca a ironia trágica da guerra, onde jovens, muitas vezes sem uma conexão pessoal ou motivo real para o ódio entre si, acabam se envolvendo em conflitos mortais. Eles são frequentemente recrutados para lutar em batalhas que são determinadas por fatores políticos, econômicos ou ideológicos que estão além de seu controle e compreensão. A guerra, nesse sentido, é vista como uma arena onde a juventude é sacrificada.

"...baseados em decisões tomadas por velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam..."

A segunda parte da citação enfatiza a desconexão entre aqueles que tomam as decisões para entrar em guerra. Os líderes, muitas vezes mais velhos e com poder, podem conhecer uns aos outros e ter desavenças, mas raramente são eles que estão na linha de frente do conflito, arriscando suas vidas. Eles podem decidir ir à guerra por razões políticas, territoriais ou ideológicas, mas não enfrentam diretamente as consequências mortais da guerra que impõem aos jovens soldados.

Essencialmente, Valéry está ilustrando a disparidade de poder e responsabilidade na guerra. Os jovens, frequentemente sem a compreensão total das razões para a guerra, são os que sofrem suas consequências mais terríveis, enquanto os líderes que decidem pela guerra muitas vezes não enfrentam as mesmas consequências pessoais e mortais. A citação convida à reflexão sobre os verdadeiros custos humanos e morais da guerra e destaca a importância de buscar alternativas pacíficas para resolver conflitos.


Alexandre Inácio

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Diálogo entre senhorio pobre e inquilino rico

 



Senhorio Pobre: Boa tarde, senhor. Quero agradecer por sua pontualidade e por cuidar bem da casa. Recentemente, tenho passado por algumas dificuldades financeiras, e gostaria de conversar sobre a possibilidade de antecipar o pagamento do aluguel.

Inquilino Rico: Boa tarde. Claro, estou sempre disposto a ajudar. Entendo que imprevistos acontecem. Podemos discutir um acordo para adiantar os pagamentos. Quais seriam as novas condições?

Senhorio Pobre: Fico grato pela compreensão. Estava pensando em adiantar três meses de aluguel, o que me ajudaria a cobrir algumas despesas urgentes. Posso oferecer um desconto pequeno para compensar o adiantamento.

Inquilino Rico: Compreendo a situação. Podemos fazer assim: adiantarei os três meses, mas solicito que, ao longo dos próximos meses, esse adiantamento seja descontado do aluguel mensal. Parece justo para ambos os lados?

Senhorio Pobre: Sim, parece justo. Fico aliviado por chegarmos a um acordo. Podemos formalizar isso por escrito para garantir que ambas as partes estejam protegidas e cientes das condições.

Inquilino Rico: Certamente. Vamos preparar um documento que descreva os detalhes desse adiantamento e do desconto a ser aplicado nos meses subsequentes. Estou à disposição para colaborar com a redação desse acordo.

Senhorio Pobre: Agradeço sua colaboração. Vamos fazer isso o mais rápido possível para que possamos formalizar a nova condição. Sua compreensão e cooperação são muito importantes para mim.

Inquilino Rico: Estou à disposição para ajudar. Vamos agilizar esse processo e garantir que ambas as partes estejam satisfeitas com as novas condições. Acredito que é importante apoiarmos uns aos outros em momentos difíceis, mas posso pedir um favor?

Senhorio pobre: claro, claro que sim.

Inquilino rico: Queria pedir-lhe, em contrapartida, que não aumentasse a renda nos próximos cinco anos!

Senhorio pobre: Esqueça o meu pedido. Cumprimentos!


Alexandre Inácio



sábado, 27 de maio de 2023

Homenagem a Francisco Simões

 Numa ilha deserta, algures nos confins da mente

O desejo cheio de anémonas azuis e fantasia

Espalhou nas areias douradas, a semente

A pele dum mundo novo, Eros e maresia!

MRodas



Pintura, Francisco Simoes

sábado, 15 de abril de 2023

Mergulho

 


Queria mergulhar no teu mar profundo, rasgar a pele nas tuas arestas e contornos, agarrar-te como se fosse a ultima vez e fazer deste mergulho estertor uma agonia adiada! Ou recomeçada em cada esquina desse vale profundo, com algas azuis e roxas, sangrar dentro de ti, explodindo em mim o teu rubro perfume de maresia infinita! 

Queria...e tu ainda queres, agora que encontrei o regulador de mergulho, como nos velhos tempos?

segunda-feira, 18 de abril de 2016

bibliografia Soajo

fiahttp://arqueologia.patrimoniocultural.pt/index.php?sid=sitios.resultados&subsid=53720


http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/?sid=sitios.resultados&subsid=54382
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2220

http://www.citcem.org/3encontro/docs/pdf/part_07/17%20-%20Fernando%20Cerqueira%20Barros%20-%20TEXTO.pdf

https://books.google.pt/books?id=KFLX1bNmp-QC&pg=PA286&lpg=PA286&dq=soajo+bibliografia&source=bl&ots=YlkgtqJE9O&sig=zOMr2bqGiBTJU4u0DoSU0etZ_t0&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwiXuafeh5jMAhVGnBoKHXjOAeE4ChDoAQg1MAc#v=onepage&q=soajo%20bibliografia&f=false

Ponte de Lima
https://books.google.pt/books?id=9iC1CwAAQBAJ&pg=PT5&lpg=PT5&dq=soajo+bibliografia&source=bl&ots=EXPw3b2ThR&sig=79WX1SShNWn-uPe1VYEtwR9J4fI&hl=pt-PT&sa=X&ved=0ahUKEwiU-OXkiJjMAhXBcRQKHRnhBLg4ChDoAQg9MAk#v=onepage&q=soajo%20bibliografia&f=false


Antas Soajo
http://viverviana.pt/mapa/blog/item/antas-da-serra-de-soajo/

http://www.coisas.com/Uma-Aldeia-da-Montanha-do-Minho-O-Soajo,name,226463076,auction_id,auction_details

https://mnetnologia.files.wordpress.com/2015/09/baep_bp-1-1.pdf
https://mnetnologia.files.wordpress.com/2015/09/baep_bp-1-1.pdf

Terra de Valdevez e Montaria do Soajo :

http://bibliotecas.utl.pt/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=217426&shelfbrowse_itemnumber=186573#shelfbrowser

musica

https://www.youtube.com/watch?v=uKSl57M_YnE

A caça
http://cadernosdahistoria.weebly.com/a-caccedila-na-sociedade-aristocraacutetica-dos-seacuteculos-xii-a-xv.html


segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Portugueses no Canadá



Da amiga Joaquina Pires recebi, em Belém, estes dois livros da sua autoria, em colaboração com Manuel Carvalho, “Rostos, Olhares e Memória” (2012), editado pela UTL-Universidade dos Tempos Livres, e Rostos, Olhares e Identidade (2013), Editor, Eduino Martins, A Voz de Portugal.


O primeiro livro, [1]Rostos, Olhares e Memória”, 2012, (152 págs.), é um conjunto de 17 entrevistas, a emigrantes da Comunidade Portuguesa de Montreal, Canadá.
Ao longo das variadas entrevistas, mais homens do que mulheres, ressalta a nostalgia dum tempo difícil, saída muito cedo do interior de Portugal continental ou dos Açores, a adaptação a um mundo estranho, com regras, cores e língua diferentes e desconhecidas.
A tudo isso os emigrantes de coração cheio de fé deitaram mãos e com alma portuguesa, herdada das serras, batalhas e descobertas, deram a volta ao destino madrasto: Cresceram, casaram, tiveram filhos e de mãos nuas, encontraram orgulho na comunidade que construiram, lá bem longe, na simetria da saudade com a alma de todos e de cada um.
Como os autores dizem “é uma homenagem aos homens e mulheres que, num humilde anonimato, ergueram com mãos calejadas, o futuro das gerações vindouras.”
Na escrita transparente ressalta a ternura dos diálogos e a evocação de vidas, o encontro de olhares sobre o passado e a cumplicidade de pessoas que se admiram e estimam.
É um registo histórico de vidas, sal da terra, fermento de dias melhores e testemunhas duma sociedade mais justa.
Do conjunto destas entrevistas sobressai a história dum soajeiro, Fernando Pires, pastor de rebanhos e de sonhos (pág.59). Os autores começam assim: “Era uma vez um rapazito que guardava cabras nas margens do rio Lima…”.
Era o mais velho de nove irmão, sem tempo para ir à escola, na pegada dos rebanhos, serra acima, serra abaixo. Aos 14 anos ruma a Setúbal, como aprendiz de padeiro, ao encontro do pai, fiscal da panificação. Dali, parte para S. Pedro do Estoril, a vender pão de bicicleta.
Aos dezassete anos atravessa os Pirinéus e na Alsácia fica a viver num vagão abandonado. Depois de muitas peripécias e aventuras, vai da Alsácia a Marselha, de Paris à Bretanha, de tijolo em tijolo na construção de si e de casas para os patrões franceses.
De aventura em aventura dá com os costados no Canadá, onde encontra um amigo soajeiro (Luís Barbosa?). Dessa amizade ganha uma nova consciência, iniciando por essa altura a sua intervenção cívica e política: Manifestação contra a guerra colonial, a guerra do Vietnam e a luta pela independência do Quebec, a criação do MDP.
Começa como pedreiro, mas de seguida, passa para eletricista e taxista por conta própria, tendo sido fundador da TaxiCoop e vários anos secretário da Ligue du Taxi de Montreal.
Após o entusiasmo do 25 de Abril, regressa à escola e conclui um Curso Universitário de animação cultural. Frequenta ainda uma licenciatura em Filosofia.

Participa activamente na comunidade, foi professor em programas de alfabetização de adultos, assina uma coluna no jornal Lusopress e é membro do conselho de administração da Caixa Portuguesa Desjardins.
Sente a necessidade dum centro de documentação da comunidade portuguesa, onde reunir o espólio disperso por vários particulares.
Foi fundador e colaborador do Jornal A Voz de Soajo
Os autores terminam dizendo”…debaixo da boina basca, nunca lhe desapareceu do olhar uma luzinha travessa a denunciar a criança que apascentava cabras nas margens do rio Lima…”
Este soajeiro ainda continua a ” guardar sonhos nas margens do rio largo da vida.”

Do amigo de férias em Soajo, fica um retrato possível.
Mas as histórias são como as cebolas, uma casca dentro de outra, até ao cerne, onde nos esperam as lágrimas, de sorrisos na mão.
 Quem sabe um dia, o Fernando pega na caneta e no papel e nos conta as peripécias da sua vida e o entendimento que dela evolui ao longo da sua existência. Porque não começar por oferecer o relato da sua vida, o colorido e sabor das suas reflexões, aos familiares e amigos e a um Centro de Documentação Soajeiro, uma homenagem sentida a todos aqueles que nunca desistiram?

Fernando, vamos a isso?


Obrigado, Joaquina!
Obrigado, Manuel Carvalho!

O segundo livro, [2] Rostos, Olhares e Identidade, 2013, (162 pág.s), procura questionar, através das entrevistas aos filhos dos primeiros emigrantes, o conceito de identidade e cultura. Porque caminhos da vida enveredou a 2ª geração de origem portuguesa de Montreal? Que padrões e características a definem? Que futuro para a cultura portuguesa na alma destes emigrantes?
Procure o leitor, algumas respostas na leitura deste livro. Testemunhos interessantes, de quem vem dum lado e vai para outro. Vem donde e vai para onde? E com quem? Que rebanhos guarda?


Oeiras, 16 de nov.
Manuel Rodas





sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

POR SOAJO

 Resultado da pesquisa
 18 registos para:  SOAJO
 Biblioteca Nacional



 1.
São Bento do Cando na freguesia da Gavieira / M. A. Bernardo Pintor. [S.l. : s.n., 1982.
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 2.
Impressões do Soajo / Luís Polanah. Braga : [s.n.], 1978.
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 3.
A voz de Soajo. Soajo, Arcos de Valdevez : [s.n., 1975.
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 4.
Terra de Valdevez e Montaria do Soajo : memória monográfica do concelho de Arcos de Valdevez / Eugénio de Castro Caldas. [Lisboa] : Verbo, 1994.  ISBN 972-22-1575-2.
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 5.
Trilho pedestre de longo curso : percurso Lamas de Mouro-Soajo / Parque Nacional Peneda-Gerês ; textos António Baptista... [et al.]. Braga : P.N.P.G., 1994.  ISBN 972-8083-24-6.
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 6.
O juiz do Soajo : a história da Vila de Soajo em banda desenhada / texto e des. José Ruy. Lisboa : Notícias, 1996.  ISBN 972-46-0776-3.
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 7.
Abrigos pastorais na serra do Soajo / Jorge Dias. [S.l. : s.n.], 1950.
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 8.
Soajo, uma aldeia diferente : "Cabeça de Montaria" / A. Lopes de Oliveira. Viana do Castelo : Junta Distrital, 1970.
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 9.
Soajo : entre migrations et mémoire : études sur une société agro-pastorale à l'identité rénovée / Colette Callier-Boisvert. Paris : Centre Culturel Calouste Gulbenkian ; Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian, 1999.  ISBN 972-8462-06-9.
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 10.
Estudos do Alto-Minho : noticia sumaria ácerca do Concelho dos Arcos de Valdevez : Noticia sumaria ácerca de Soajo / Felix Alves Pereira. Lisboa : Imprensa de Manuel Lucas Torres, 1914.
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 11.
Uma aldeia da montanha do Minho o Soajo : estudo de Geografia humana / Raquel Soeiro de Brito. [S.l. : s.n.]. 1953.
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 12.
O turismo de aldeia no Soajo [ Texto policopiado] : uma nova forma de ecoturismo : Albina Maria Pires Fernandes. Lisboa : [s.n.], 2002.
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 13.
O pelourinho do Soajo / António Martinho Baptista. [S.l. : s.n., 1980.
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 14.
Uma excursão ao Soajo em 1882 / José Leite de Vasconcelos, Francisco Martins Sarmento. Guimarães : Sociedade Martins Sarmento, 2008.  ISBN 978-972- 8078-89-8.
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 15.
Soajo : entre migrações e memória : estudos sobre uma sociedade agro-pastoril de identidade renovada / Colette Callier-Boisvert ; trad. José Terra. Texto rev. e aumentado. Arcos de Valdevez : Câmara Municipal, 2004.  ISBN 972-9136-45-9.
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 16.
Uma excursão ao Soajo : notas numa carteira / J. Leite de Vasconcellos. Barcellos : Typographia do Tirocinio, 1882.
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 17.
Castro Laboreiro e Soajo : habitação, vestuário e trabalho da mulher / Alice Geraldes. 2a ed. Lisboa : Serv. Nac. de Parques, Reservas e Património Paisagístico, 1982.
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 18.
Soajo : 500 anos do foral manuelino / Paula Pinto Costa. Arcos de Valdevez : Município de Arcos de Valdevez, 2014.  ISBN 978-972-9136-73-3.