Escutem-me, porra!
Há anos que protesto!
Grito contra a guerra,
Contra a dor e o sofrimento inúteis
Escrevo contra a exploração do homem e da mulher
E de todos que estão no meio deles!
Escutem-me, porra!
Afinal, porque não me escutam?
Se denuncio a injustiça, as ditaduras,
A falta de liberdades, a ignomínia
A ofensa, a humilhação, a segregação, a repressão, o isolamento,
A discriminação, o racismo, o sexismo e o patriarcado
Porque não me escutem?
Escutem todos os que protestam
Aqui ou na rua de baixo,
Aqui ou no país ao lado, na Ucrânia e na Rússia,
Em Israel e na Palestina, na Etiópia, na Eritreia
No Uganda, onde quer que haja guerra e ódio
Onde cada irmão mata, viola e incendeia o horror!
Escutem o fragor dos mísseis
O ribombar dos óbuses
O choro das crianças órfãs
Das viúvas combatentes despedaçadas
Todas as lagrimas vertidas em cascata
De horror, dor…sem esperança!
Escutem-nos! Não nos tratem como mentirosos
Nós que sempre dissemos a verdade
Não é, Brecht?
MR
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