segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Paixão

Esse poema explora a intensidade e a beleza passageira da paixão, comparando-a ao fogo de artifício, que, embora breve, deixa uma marca duradoura.

 













**Paixão em Faíscas**


Nasce na escuridão fria,  

Um brilho frio e ardente,  

Escondido nas arestas da noite,  

Como uma paixão que desperta,  

Silenciosa, roseira cheia de promessas.


Ela sobe, trémula, decidida

No horizonte do leque sentimental,  

Cada batida a compasso do coração,  

Um jato a cores, entre o bem e o mal.


Então, num frémito de alma,  

Rasga o véu da noiva,  

E explode em mil cores,  

Que iluminam tudo ao redor,  

Por um breve e eterno instante.


A paixão é assim,  

Uma faísca que ascende e ilumina  

Incontrolável, indomável,  

Queima o peito atormentado  

Aurora boreal  da alma, cor da vida!


Cada centelha, cada lampejo 

É uma emoção que recorda  

Um desejo que não se contém,  

Uma fusão que transborda!


Mas logo, como todo fogo de artifício,  

Ela se desfaz em silêncio, sem ti 

Deixa apenas o rastro de fumaça,  

E o eco de um suspiro por realizar !


Ainda assim, é impossível esquecer,  

O brilho nos teus olhos, que ela trouxe,  

O calor que incendiou o coração,  

Mesmo que por um breve momento.


Porque na paixão,  

O instante vale mais que a eternidade,  

E o fogo que nos aquece é amor  

Pelo qual vale a pena  viver e morrer!


Alexandre Inácio



3 comentários:

  1. Rogério V. Pereira8/16/2024

    Todo o poema
    Todas as imagens
    parecem saudar
    este momento
    em que pela primeira vez
    eu te comento

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Anónimo8/17/2024

    Muito obrigado. Na verdade, nós já nos conhecemos. Abraço

    ResponderEliminar

Seja crítico, mas educado e construtivo nos seus comentários, pois poderão não ser publicados. Obrigado.