Iam dois
sorrisos
em sinal
contrário.
Um subindo,
arfava
Outro descendo,
assobiava.
- Assobias
porque desces,
Mas logo
voltarás.
A subida te espera
Veremos
então se cantarás!
- Oh! Amigo
sorriso,
Porque vais tão
desgastado?
Acaso não desceste
antes,
Não
assobiaste primeiro?
- Não é
fácil subir, depois de descer,
Mas descer sem ter subido
Dá vontade de atrás voltar
E de lá
nunca mais sair.
- Acaso
pensas tu
Que te pode
agradar,
Depois de
alto subir
Ao mais
fundo vir parar?
Já vi muito
rei e senhor
No seu trono
alto mandar
E com grande
estrondo
Sua ambição silenciar.
Se dessa
sorte não te queixas
E outro mal
não queres,
Volta agora
atrás
e comigo tenta
assobiar!
E sorrindo
os dois,
outra vez
assobiaram,
outra vez
desceram
outra vez
subiram!
Só o poeta
não!
.
Oeiras, 2012
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