quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

SINAIS DE FOGO



Calo-me!
Não sei o que te escrever.
Há anos que escrevo esperança, liberdade
Amor, ternura, pássaros, pedras, rios e sonho!
Há anos e anos que vou salpicando o poema
Com as gotas e gestos da vida,
Sentindo a distância das voltas que o mundo deu.
O tempo passa,
Só não passa o que sinto por ti.
Mas tu já não és a mesma,
 E eu não sou o que era.
Os caminhos mudaram, as palavras também!
Os pássaros já não são pássaros e as pedras e os rios já não são.
As manhãs já não cantam, meu amor,
E as madrugadas vitoriosas nunca aconteceram.
Mas … se tu voltasses outra vez,
De chinelos no dedo , com o sorriso acre e doce da vida…
As palavras voltariam, as pedras e os rios cantariam
Um novo poema de esperança e liberdade,
Meu amor!
Espero por ti, na escrita de todos os dias.
Arrumo as palavras, em montes de ideias e sentidos
Para quando chegares,
Ateares o fogo e ardermos abraçados
No meio de verbos, nomes, vírgulas e pontos!
Com o mar lá ao fundo, meu amor,
Com o mar lá ao fundo!

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