Hoje, ao atravessar o Rio Vez, no Pontilhão de Gondoriz, num êxtase de cor, monotonia e encanto agreste de frio, vi, claramente visto, uma linda garça indolente, no meio do leito, a espreguicar-se languidamente. Não resisti, saí do carro e fui admirar a bela ave, uma visão inesperada nesta altura do ano. Enquanto a observava, aproximou-se um senhor já de alguma idade, samarra pelos ombros a inquirir com os olhos o que procurava eu. Não demorei a explicar como era bela aquela ave, naquele sítio...
Que sim... mas também havia lontras no rio.
Mas não as matam? Perguntei entre o irónico e o pesaroso.
Não! Respondeu. Até porque é pecado!
Pecado? Interroguei-me.
Não é pecado que quero dizer... é ... dá multa. ..
Pois dá, disse eu...e sabe esses animais são lindos e já viu se os nossos netos nunca mais os pudessem ver?
Era triste era...disse entre o contemplativo e o refexivo.. E lá foi "até mais ver..."Fiquei a pensar ! Pecado? Culpa? Multa? Lindo casamento a explicar porque as mais belas cabeças ainda pensam assim e a quem serve este modo tão singular de pensar... Sim senhor... "Até mais ver... "
Manuel Rodas
Gondoriz, 28-12-2008
Que sim... mas também havia lontras no rio.
Mas não as matam? Perguntei entre o irónico e o pesaroso.
Não! Respondeu. Até porque é pecado!
Pecado? Interroguei-me.
Não é pecado que quero dizer... é ... dá multa. ..
Pois dá, disse eu...e sabe esses animais são lindos e já viu se os nossos netos nunca mais os pudessem ver?
Era triste era...disse entre o contemplativo e o refexivo.. E lá foi "até mais ver..."Fiquei a pensar ! Pecado? Culpa? Multa? Lindo casamento a explicar porque as mais belas cabeças ainda pensam assim e a quem serve este modo tão singular de pensar... Sim senhor... "Até mais ver... "
Manuel Rodas
Gondoriz, 28-12-2008
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