“É a guerra aquele monstro que se sustenta das fazendas, do sangue, das vidas, e, quanto mais come e consome, tanto menos se farta. É a guerra aquela tempestade terrestre que leva os campos, as casas, as vilas, os castelos, as cidades, e talvez em um momento sorve os reinos e monarquias inteiras. É a guerra aquela calamidade composta de todas as calamidades em que não há mal nenhum que ou se não padeça, ou se não tema, nem bem que seja próprio e seguro: - o pai não tem seguro o filho; o rico não tem segura a fazenda; o pobre não tem seguro o seu suor; o nobre não tem segura a honra; o eclesiástico não tem segura a imunidade; o religioso não tem segura a sua cela; e até Deus, nos templos e nos sacrários, não está seguro.” P. António Vieira (1668)
A guerra
Num mundo moderno, trôpego e incerto,
O pai não tem seguro o filho querido, O rico, a fazenda, não sente seguro, O pobre, seu suor, não vê garantido.
O nobre não tem seguro em sua honra, A eclesiástica veste não lhe traz imunidade, O religioso, em sua cela, não se sente seguro, E até Deus, nos altares, tem sua seguridade desafiada.
Num tempo de incertezas e desafios, Onde a confiança é frágil e instável, Buscamos segurança em vão, Pois o mundo moderno nos mostra o quanto somos vulneráveis.
Mas em meio à insegurança que nos cerca, Ainda encontramos força e esperança, Na união, na solidariedade e no amor,
Pois juntos podemos enfrentar qualquer mudança. e esperança, Na união, na solidariedade e no amor, Pois juntos podemos enfrentar qualquer mudança.
Alexandre Inácio