quinta-feira, 30 de maio de 2024

Sebastião

 











Elegia





ELEGIA


Nas sombras densas da noite fria,

Questiono minha alma, exausta e ferida.

Candidato a deputado, um sonho incerto,

Um caminho turvo, um fado deserto.


Ecoam dúvidas em meu pensamento,

Serei capaz de cumprir o intento?

Promessas vazias, palavras ao vento,

Ou conquistas nobres, de puro alento?


Vejo o povo, com olhar cansado,

Esperam mudança, um novo legado.

Mas sinto-me frágil, um ser indeciso,

Navegando em mares de turvo aviso.


Ah, mas há também um amor perdido,

Que em meu peito jaz, desiludido.

Um coração que pulsa em vão,

Um amor que é sombra, mera ilusão.


Se não posso amar, como governar?

Se não posso ter, como liderar?

Em cada esquina, uma escolha fatal,

Entre o amor e o ideal.


Oh, deuses do destino, guiem-me, por favor,

Mostrem-me o caminho, aliviem minha dor.

Serei eu um líder, ou apenas um amante,

Nessa vida incerta, um simples errante?


Que me reste a fé, a coragem e a paixão,

Seja no amor, ou na política, a minha missão.

E que a dúvida se desfaça, como névoa ao sol,

Encontre eu meu norte, num destino maior.


Alexandre Inácio

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