Elegia
ELEGIA
Nas sombras densas da noite fria,
Questiono minha alma, exausta e ferida.
Candidato a deputado, um sonho incerto,
Um caminho turvo, um fado deserto.
Ecoam dúvidas em meu pensamento,
Serei capaz de cumprir o intento?
Promessas vazias, palavras ao vento,
Ou conquistas nobres, de puro alento?
Vejo o povo, com olhar cansado,
Esperam mudança, um novo legado.
Mas sinto-me frágil, um ser indeciso,
Navegando em mares de turvo aviso.
Ah, mas há também um amor perdido,
Que em meu peito jaz, desiludido.
Um coração que pulsa em vão,
Um amor que é sombra, mera ilusão.
Se não posso amar, como governar?
Se não posso ter, como liderar?
Em cada esquina, uma escolha fatal,
Entre o amor e o ideal.
Oh, deuses do destino, guiem-me, por favor,
Mostrem-me o caminho, aliviem minha dor.
Serei eu um líder, ou apenas um amante,
Nessa vida incerta, um simples errante?
Que me reste a fé, a coragem e a paixão,
Seja no amor, ou na política, a minha missão.
E que a dúvida se desfaça, como névoa ao sol,
Encontre eu meu norte, num destino maior.
Alexandre Inácio
Sem comentários:
Enviar um comentário
Seja crítico, mas educado e construtivo nos seus comentários, pois poderão não ser publicados. Obrigado.