Oh vida, que em teu seio fértil brota
A flor que exala a doce primavera,
A luz que em cada aurora se revela,
E o canto do riacho que murmura.
Ó natureza, mãe gentil e bela,
Que em teu abraço verde nos consola,
Teus campos, teu azul, tuas estrelas,
E o vento que nos fala da alvorada.
Mas ai! Por que, oh vida, em teu regaço,
Se abrigam fome, peste e dura guerra?
Por que há dor, onde só deve haver paz?
Enquanto canto em louvor ao teu encanto,
Lamento o pranto e as vidas dilaceradas,
Que em meio à beleza, sofrem e fenecem.
Alexandre Inácio
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