Do amigo Alexandre Inácio recebemos novo poema inspirado em Mia Couto!
"A fadiga que sentimos não é tanto do trabalho acumulado, mas de um quotidiano feito de rotina e de vazio.
O que mais cansa não é trabalhar muito.
O que mais cansa é viver pouco. O que realmente cansa é viver sem sonhos."
__Mia Couto___
in 𝘖 𝘜𝘯𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘰 𝘕𝘶𝘮 𝘎𝘳ã𝘰 𝘥𝘦 𝘈𝘳𝘦𝘪𝘢
Na monotonia do dia a dia, o cansaço se instala, Não é a labuta árdua que nos faz desmoronar, Mas a rotina implacável, que nos enclausura, nos mata. É o vazio que nos corrói, nos faz questionar.
Trabalhar muito, não é o grande fardo, É a falta de sonhos, que nos deixa sem saída, É viver como autómatos, no mundo acinzentado, Sem esperança, sem paixão, sem vida.
A fadiga que sentimos, é mais profunda que a física, É a alma cansada de seguir o mesmo trilho, De acordar todas as manhãs sem uma âncora específica, Sem metas, sem desejos, sem brilho.
O que verdadeiramente pesa nos ombros da existência, Não é o peso das tarefas, dos deveres acumulados, Mas o fardo de viver sem persistência, Sem sonhos, sem metas, sem horizontes traçados.
É como vagar sem rumo, sem direção, Como se a vida fosse uma mera repetição, Um ciclo vicioso de inércia e resignação, Um abismo profundo de desilusão.
Portanto, não se deixe sufocar pela fadiga, Busque os sonhos, as paixões, os desejos ardentes, Pois é na busca daquilo que nos instiga, Que encontramos a verdadeira vida, plena e envolvente.
Trabalhe, mas também sonhe, ouse e persista, Pois no brilho dos sonhos está a verdadeira luz, E assim, a fadiga não mais resistirá, E a vida ganhará novas cores, que a alma induz.
Alexandre Inácio
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