I
Lisboa, cidade de contrastes mil, Triste e alegre, num abraço viril, Teus becos e ruas, de pedras e casas, Contam histórias de séculos e piratas.
Cidade farta, com sabores a bailar, Nas tascas e tabernas a harmonizar, Vinhos que fluem como rio cantante, Cidade, és uma promessa constante.
Mas também faminta, em teus beirais, Onde a saudade tece seus ancestrais, Olhando o horizonte, o mar que chora, Trazendo memórias de idos de outrora.
Luminosa Lisboa, à beira do Tejo, Com tuas luzes a dançar no relevo, Pelos miradouros, debruçada na água , És farol de sonhos a brilhar de mágoa.
Nas tuas praças histórias se entrelaçam, Palácios, azulejos, fados que abraçam, Saudades de quem um dia partiu, Mas em cada esquina, a vida ressurgiu.
Lisboa, és beleza em melancolia, Euforia e tristeza, em harmonia, Teu coração bate forte e sereno, Cidade de encanto, mel e veneno.
Nos azuis céus e no sol que diz adeus, Na brisa que vem do Atlântico, olhos meus, Lisboa, teu poema ecoa na bruma, Cidade de sonhos, és eterna espuma
II
Lisboa, cidade de contrastes, és tão única e bela, Tu és triste e alegre, como ondas numa tela. Tuas ruas de pedra guardam histórias antigas, Enquanto o fado ecoa nas noites tranquilas.
À beira do Tejo, onde o sol se deita a descansar, Tuas cores se misturam no céu a brilhar. Tristeza nas vielas estreitas, saudade no olhar, Mas alegria se encontra nos azulejos a enfeitar.
Farta de cultura e sabores, és um festim para os sentidos, Tuas mesas se enchem de prazeres conhecidos. O cheiro do bacalhau, a doçura do pastel, Lisboa, és um banquete para quem te conhece tão bem.
Faminta por progresso, por sonhos a realizar, Tua energia é contagiante, nunca deixas de inspirar. No Bairro Alto ou em Belém, em cada esquina há magia, Lisboa, és uma musa que em cada verso se cria.
Luminosa como o sol que brilha sobre o mar, Tuas praças e miradouros nos fazem suspirar. Os raios dourados refletem nas águas do rio, E em cada monumento, o passado é um desafio.
Lisboa, és uma poesia de contrastes que se entrelaçam, Uma sinfonia de emoções que jamais se deslaçam. Cidade de saudade, de esperança e de amor, Neste poema, te exalto, és um tesouro, és um clamor
Alexandre Inácio
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