Era uma pintura com três palmos, por um de largo
E nela cabia uma vida
Não uma vida, mas sim três
Disso é testemunha o arco íris que também baloiça entre o escuro mais frio e as cores essenciais
Eu balanço no teu baloiço que te eleva ao mundo do diabo e da dor e te atira lá para o mais fundo da tristeza
A mãe chora. E eu deixo que o olhar transpareça o que me inunda por dentro
E tu corres alvoroçada presa por um fio e só no último instante, quando te julgávamos perdida vemos a tua mão agarrar uma tábua escura
Que afinal é um baloiço e tudo começa outra vez, mais outra e sempre outra, sem parar.
Viro a pintura do avesso e imagino a pintura que desejo para ti
Branco, apenas branco e um coração vermelho no meio
O teu!
Manuel Rodas
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