LÍDIA
Lembro-me de ti , menina
A serenares o tempo
Com uma bilha pela mão
E afagares as searas e as papoilas que se curvavam no teu caminho
Quando saias de Oeiras e ias a Paço D’Arcos
Esperar que a senhora tirasse o leite à vaca
Que havias de trazer para casa
Sem ninguém adivinhar
Como os pássaros cantavam e o sol se calava
À tua passagem em passos breves
Lembro.me de ti a serenares o vento nas tempestades
Acalmares as marés
E sorrires às ervas e flores
Enquanto cantavas ao som das águas a correr
Lembro-me de ti
Nas fotografias que imaginavas
Sempre em busca do significado para que o mundo sorrisse contigo
Lembro-me de ti a sorrir
e a sorrir ficarás connosco
Para que sorrias sempre, amiga
E o sorriso tenha asas leves
Como a mariposa que de tão breve
Nos inunda de eternidade e beleza.
Manuel Rodas
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