quarta-feira, 16 de setembro de 2020

A máscara

 

Tenho sede da tua voz sem cortinas e máscaras
Tenho sede da sede que eu tinha

Bebíamos do mesmo copo
fumávamos do mesmo cigarro
respirávamos o mesmo ar
o mesmo abraço a dizer, meu irmão!

Tirem as amarras que inventaram 
para nos calarem
Tirem as mãos da minha cara
Não queremos morrer silenciados
Roubados

Construímos janelas e pontes
caminhos cartas e mares
Igrejas festas e danças

Dançamos com as palavras pela mão

Se a poesia salva afogados
também mata a sede de viver!

À nossa saúde!

MRodas



2 comentários:

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