quarta-feira, 27 de março de 2019

Paragem

Há ventos a cortar lâminas que apenas arrancam os sonhos da morte para uma vida a esvair-se
Há ventos a cortar o desespero de entregar o corpo às láminas que arrancam flores da morte
Há ventos a cortar o que a morte já apagou das mãos que te acariciaram em promessas de amor
Há ventos a cortar pela raiz o embrião duma noite sem estrelas vermelhas
Há ventos a cortar a solidão na confluēncia exata entre a saudade e a nostalgia dum amor das noites mil
Uma luz virá capaz de devolver ao vento o teu perfume de anjo alado
nas madrugadas azuis.

MRodas

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja crítico, mas educado e construtivo nos seus comentários, pois poderão não ser publicados. Obrigado.