sábado, 8 de dezembro de 2018

Artur Cruzeiro Seixas, em Oeiras


O último dos surrealistas portugueses

BIOGRAFIA DE CRUZEIRO SEIXAS Em 1920 nasce, na Amadora, Artur do Cruzeiro Seixas. 
Em 1945 fase expressionista neo-realista. 
Em 1947 primeiros objectos. 
Em 1948 e 1950 toma parte nas actividades dos surrealistas em Lisboa com Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Mária Henrique Leiria, Pedro Oom, Risques Pereira, Fernando Alves dos Santos, Carlos Eurico da Costa, Carlos Calvet e António Paulo Tomás e participa nas respectivas Exposições. Em 1950 parte para África. 
Em 1952 fixa-se em Angola onde realiza em 1953 e 1959 exposições que marcaram profundamente a sociedade da época. 
Em 1964 regressa a Portugal. Em 1968 Bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian Em 1967 retrospectiva na Galeria Bucholz em Em 1977 expõe em Amesterdão com Raúl Perez e Philip West. Em 1985 é convidado por Artur Schwarz para a Bienal de Veneza, mas, por razões alheias à sua vontade e à dos responsáveis pelo certame, a sua presença não se verifica. 
Em 1986 edita-se o livro de poemas de Cruzeiro Seixas “Eu Falo em Chamas”, com apresentação de André Coyné. Publica-se um álbum referindo 230 obras de diversos autores, da colecção de Cruzeiro Seixas, adquiridas pela Fundação Cupertino de Miranda, de V. N. de Famalicão. 
Em 1989 é-lhe atribuído o prémio SOCTIP “Artista do Ano”, na sequência do qual é publicado o volumoso álbum profundamente ilustrado “Cruzeiro Seixas”, sobre a sua vida e obra. 
Em 1993 efectua doação ao Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro de uma considerável parte do acervo dos seus trabalhos bem como de documentação diversa. Visita Bordado, o “Palais Idéal” do Factor Cheval e o Castelo de La Coste. 
Em 1995, com desenhos à pena seus, organiza na Galeria São Mamede uma exposição de “Homenagem a Mário Henrique Leiria” prefaciada por Ernesto Sampaio, para financiar a publicação sem fins lucrativos de “Claridade dada pelo Tempo”, “Climas Ortopédicos” e “Pas pour les Parents”, inéditos que lhe deixa o autor aquando da sua morte. 
Em 1999 doa a totalidade da sua colecção à Fundação Cupertino de Miranda, de V. N. de Famalicão, com vista à construção do Centro de Estudos do Surrealismo e do Museu do Surrealismo. 
Em 2000 edita-se o álbum “O que a Luz Oculta” com poemas e desenhos de Cruzeiro Seixas. Sob o título de “Retrato sem Rosto” poemas seus são reunidos em livro pelo Centro de Estudos do Surrealismo, da Fundação Cupertino de Miranda, em cuja sede em Vila Nova de Famalicão tem lugar uma enorme exposição retrospectiva e de homenagem a Cruzeiro Seixas, por ocasião do seu 80º aniversário, de que resulta o volumoso álbum biográfico “Cruzeiro Seixas”, com 150 reproduções de trabalhos seus. 
Em 2001 editam-se os livros de Cruzeiro Seixas “Viagem sem Regresso” de poemas e desenhos, paralelamente é feita uma edição de luxo, em formato de álbum acompanhado de serigrafia; “Galeria de Espejos – Galeria de Espelhos” livro de poemas prefaciados e traduzidos para castelhano por Perfecto E. Cuadrado; “Local Onde o Mar Naufragou” de desaforismos e serigrafias; na Galeria Sacramento, em Aveiro, de que resulta um vasto catálogo em forma de livro; na Fundación Eugenio GRanell, em Santiago de Compostela, tem lugar uma grande exposição retrospectiva, sendo paralelamente publicado o livro biográfico “Cruzeiro Seixas”, profusamente ilustrado e com textos em galego, português, castelhano e inglês. 
Em 2002 o Museu de Chiado, em Coimbra, organiza uma exposição com trabalhos de Cruzeiro Seixas pertencentes a coleccionadores locais. É editado o livro de poesia “Artur do Cruzeiro Seixas – Obra Poética vol. I”. 
Em 2003 no Centro de Arte e Espectáculos da Figueira da Foz, tem lugar uma grande exposição retrospectiva da obra de Cruzeiro Seixas. Na Galeria Municipal Artur Bual, na Amadora, realiza-se uma exposição retrospectiva e de homenagem a Cruzeiro Seixas. Conjuntamente com Raúl Perez expõe na Galeria São Mamede. 2005: “Fauna Flora e Arte”, exposição de inauguração da Galeria de São Mamede do Porto. 2008: “Obra plástica”, exposição retrospectiva, Gal Vieira de Silva, Câmara Municipal de Loures. “Isto não é uma exposição de arte”, Museu Municipal Amadeo de SouzaCardoso. 2009: “O Infinito Segredo”, Galeria São Mamede, Lisboa e Porto. Tapeçaria e Desenho, Reitoria da Universidade de Lisboa. 
Em 2009 participa no documentário “Cruzeiro Seixas – O Vício da Liberdade”, da autoria de Alberto Serra e Ricardo Espírito Santo, exibido pela RTP 2 em Fevereiro de 2010. Executa ilustrações para diversos livros como “A Afixação Proibida” de António Maria Lisboa, “A Cidade Queimada” e “Titânia” de Mário Cesariny, “Antologia Erótica e Satírica” de Natália Correia, “Kunst en Anarchie” de Edgar Wind (Holanda), “Casos de Direito Galáctico” de Mário Henrique Leiria, “História Trágico Marítimo” e “Mulher de Luto” de Gomes Leal ou “Le Livre du Tigre” de Isabel Meyrelles. Participa em várias mostras colectivas como em 1979 “Presencia Viva de Wolfgang Paalen” no Museu do México (cidade do México); em 1984 “Le Surréalisme Portugais” organizada por Moura Sobral, no Canadá (Montreal); em 1994 “O Rosto da Máscara” no Centro Cultural de Belém (Lisboa), “Surrealismo ou Não” na Galeria São Mamede (Lisboa) e de tapeçarias de Portalegre com Eugenio Granell na galeria desta manufactura em Lisboa; em 1997 “Le Surréalisme et l’Amour” no Pavillion des Artes, em França (Paris); em 1998 “O que há de Português na Arte Moderna Portuguesa” no Palácio Foz (Lisboa); em 1999 “Desenhos de Surrealistas em Portugal” no Museu Nacional Soares dos Reis (Porto) e “Confrontos” com Carlos Calvet e Manuel Moura na livraria Leu Devagar em Lisboa; em 2000 “Le Mouvement Phases de 1952 à l’horizon 2000” em França, exposição itinerante, “Neo-realismo Versus Surrealismo”, na Galeria Municipal de Vila Franca de Xira (Póvoa de Santa Iria) e “Prenté néstpas héreditaire (Surrealisme et Liberté)” na República Checa, exposição itinerante; em 2001 “Surrealismo em Portugal 1934-1952” no Museu Extremeño Iberoamericano de Arte Contemporáneo, em Espanha (Badajoz), posteriormente no Museu do Chiado, em Lisboa e na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, ou #Os passos lado a lado” no Hospital Júlio de Matos, em conjunto com três artistas utentes deste estabelecimento de saúde mental. Entre 1968 e 1974 dirige a Galeria São Mamede e de 1976 a 1983 a Galeria da Junta de Turismo do Estoril, bem como entre 1985 e 1988 a Galeria de Vilamoura, no Algarve. Realizou cenários para a Companhia Nacional de Bailado e para a Companhia de Bailado da Gulbenkian. Colabora nas revistas surrealistas francesas “Phases”, holandesa “Brumes Blondes” e na canadiana “La Turtue-Lièvre”. Nos últimos anos galerias como Gilde (Guimarães), SOCTIP (Lisboa), Constância (Constância), Presença (Porto), Neupergama (Torres Novas), S. Bento (Lisboa), Almadarte (Costa da Caparica), Funchália (Funchal), São Mamede (Lisboa), Adjectivo (Santarém), Lumière Noir (Montreal – Canadá) ou ArteManifesto (Porto) realizaram exposições individuais suas. A partir de trabalhos de Cruzeiro Seixas, os escultores Alberto Trindade e Bruno Trindade têm vindo a executar diversas esculturas. Redige prefácios diversos, dos quais se cita para as exposições de Cesariny em 1969, de Raúl Perez em 1981, de Philip West em 1988 e de Eugenio Granell em 1996. Bibliografia breve: “A Intervenção Surrealista”, de Mário Cesariny, em 1954; “Cruzeiro Seixas por Mário Cesariny”, em 1967; “A Fala” (Brasil), em 1967; “La Parola Interdeta – Poeti Surrealisti Pottoghesi” de Antonio Tabucchi, em 1971; “O Surrealismo na Poesia Portuguesa” de Natália Correia, em 1975; “Dictionaire Géneral du Surrealisme et ses Environs” (Office du Livre, França), em 1982; A Arte Portuguesa do Século XX” (CD ROM), em 1998; “Dados” desenhos e poemas de Eugenio Granell e Cruzeiro Seixas (Menú-Quadernos de Poesia, Cuenca – Espanha), em 1998; Histoire du Mouvement Surréaliste” de Gerard Duroye; “You are Welcome to Elsinore” de Perfecto Quadrado (Mallorca – Espanha); “The Imagery of Surrealism” de J. H. Matthews; “Le Surrealisme” (Dictionaire de Poche, França) de José Pierre; etc. Dedicam-lhe poemas Mário Cesariny, Herberto Helder, Alfredo Margarido, Mário Botas, Franklin Rosemont, José Pierre, Juan Carlos Valera, Bernardo Pinto de Almeida, Albano Martins, António Barahona, entre outros. Encontra-se representado em diversas colecções privadas e em instituições como o Museu do Chiado (Lisboa), Centro de Arte Moderna da Fundação Caloust Gulbenkian, Biblioteca Nacional, Biblioteca de Tomar, Fundação Cupertino de Miranda (V. N. de Famalicão), Museu Machado de Castro (Coimbra), Fundação António Prates (Ponte de Sor), Fundación Eugenio Granell (Galiza) ou o Museu de Castelo Branco.





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