terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Uma porta travessa



Parava a cada palavra.
A mão escutava o ritmo cardíaco e...não se decidia.
Por fim, a caneta deslizou numa valsa e imaginou-a
como uma porta travessa que não se abria, nem se fechava.
Nem tão pouco se mexia.
Ela era  antítese do prazer.
Amava-a.
Voltou a parar.
Cruzou as pernas, alisou o cabelo e continuou a dança.
Só a transparência dela permitia que ele a visse.
Sem fúria, atirou-lhe um banco  e sorriu a ouvir o cair dos estilhaços.

O amor é fodido!


MRodas

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