Como tu,
eu não sou daqui
não pertenço
nem obedeço
nem o vento me abriga.
Tenho o teu nome no cais
caravelas da minha ausência
em cada onda te vejo
em cada fado te vais.
Bairro descalço e leve
becos e ruelas das Índias
descendo degraus e colinas
cachos de rosas e corvos
onde me abraçavas e me seguias.
Nos Becos do Imaginário
oscilam tuas naus
tricotadas de ondas e marés
muralhas de espuma e ais.
Praças de vermelho molhadas
sangue ou bandeira de ruelas
papoila e coração de astros
cabos desgarrados de
Abraço-te, cidade ao por do sol
terra rasgada de noites a chorar
margens e rápidos dum rio azul
que em nós nasce do jacarandá e do mar.
Manuel Rodas
16-1-16 |
Deixo aqui mensagens e as minhas reflexões sobre os percursos por onde vou passando..."caminhante, não há caminho, o caminho faz-se caminhando..."
domingo, 17 de janeiro de 2016
Cidade
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