Quando comecei a gatinhar
arranhei os joelhos à tua sombra.
Queria andar!
Corria, corria
passava por ti sem te ver.
Tinha pressa!
Com paus nus e folhas de livros
que palácios fiz em ti.
Construía!
Em cima dos teus ramos
vi o que nunca vira antes.
Interrogava!
E foi atrás desse nunca azulado e negro
que parti e me fui.
Queria saber!
Agora que voltei a casa,
olho-te de joelhos no chão
sem coragem para te subir.
Já não tenho a tua sombra
nem o mundo que me desejaste.
Já não tenho pressa,
só a procura me sombreia os passos
vejo a floresta … e tu onde estás?
Manuel Rodas
24-11-015
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