sábado, 29 de janeiro de 2022

Números para um Totoloto no cartão da vida




Números para um Totoloto no cartão da vida


2 olhar o raio azul

3 reservar espaço e mesa

5 a minha luz inicial e primeira

22 o tempo dum laço que é promessa e arte

25 dia de sim com beijos

28 sem as duas não havia prémio



Manuel Rodas

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

O sol

O sol foi no encalce da lua, a sussurrar o poema:
“Plena mulher, maçã carnal, lua quente, espesso aroma de algas, lodo e luz pisados” - Pablo Neruda









 

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

A dança e o deserto!

 




A



A dança ainda não é o melhor do mundo (como dizia o poeta) mas as imagens sugerem a dança dos partidos! 

Parece que esta campanha eleitoral (2022) nos conduz a um beco sem saída ou a um deserto de ideias para o país! 

Sobre Desenvolvimento e redistribuição da riqueza? NADA!

Sobre Educação? NADA!

Sobre Arte e Cultura? Nada!

SObre  Segurança? Nada!

Sobre Saúde? Muito ruído!

Sobre Regionalização? Nada!

Sobre Desertificação? Nada!

Sobre UE? Nada!

Com tantos nadas, como vamos obter alguma coisa de confiável, estruturante, promissor em melhores dias? 

Pelo menos vamos votar, informar-nos, seguir a intuição  e exigir respostas!

Cá estaremos para avaliar os resultados!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Gato preto

 



Acabei de escrever uma história infantil , tentando colocar o jovem leitor perante situações que fazem pensar sobre a realidade da procura do conhecimento e da verdade.
Para isso, preciso de desenhos de gatos pretos. Como não sou desenhador, tentei fazer algo e saiu assim!
Alguém  pode ajudar?
Obrigado


terça-feira, 11 de janeiro de 2022

A fotografia

 



A minha irmã enviou-me esta foto, recentemente. Retrata umas férias de verão na praia norte, em Viana do Castelo, no início anos 70.
O nosso olhar está dirigido à fotógrafa, uma colega da minha irmã, enquanto ao fundo, numa linha oblíqua, a fronteira entre o mar e a areia da praia.
A minha irmã e o meu irmão têm um ar mais pousado, tranquilo, ela repousa a mão no joelho direito, ele apoia mão direita nas pernas e a mão esquerda apoia a bola ou apoia-se na bola, como a dizer, agora bola não, agora é para a fotografia.
Eu, com 17 anos, tenho um ar mais intranquilo, de quem interrompe algo, para vir tirar uma foto. Pronto para voltar a jogar à bola.
O nosso olhar começa por fixar-se no meu rosto, descai em diagonal para a direita, passa pela figura feminina, matriarcal e maternal, e  termina na criança e na bola.
O conjunto forma um triângulo recto, com uma hipótenusa equilibradora, unindo os dois lados e dando consistência ao conjunto. Por tudo isso, para além das gratas e saudosas recordações que subjazem, esta é uma bela foto, a preto e branco, das nossas memórias.
Contudo, esta fotografia está incompleta. A fotografia não diz como aparecemos aqui na praia, nem refere os elementos que faltam.
Estas férias devem-se à generosidade da minha irmã, que alugou uma casa e com mais 3 colegas (professoras),
nos proporcionou umas belas férias, na praia, no seu primeiro ano de trabalho, em Soajo.
Nesta fotografia falta um irmão nosso, que desde muito cedo viveu afastado do conjunto da família, primeiro, vivendo com a minha tia Adelina e depois, com 14 anos, foi trabalhar para Lisboa e com 16 emigrou para França,  vindo cá, apenas, nas férias e em anos alternados. Quando regressou, de vez, já as nossas rotas nos tinham dispersado, eu para Lisboa, a minha irmã para Gondoriz com sua família e o mais novo, o Zé, para Paris, seguindo as pegadas do mais velho.
O meu irmão não esteve presente na maior parte da nossa juventude. Isso deixou uma saudade, uma ausência, cuja falta perdura, dolorosamente, até hoje. Isso, a fotografia não pode mostrar, apesar de ser uma bela fotografia da nossa juventude, onde os sonhos podem acontecer! Nessa altura, por fatores e dinâmicas divergentes, o meu irmão Firmino, não esteve presente, nem nós estivemos presentes nas suas deambulações itinerantes por Mem Martins e por Paris! O que resta? Uma imensa saudade, uma falta, uma ausência que a vida toda nunca preencheu, nem preencherá!
Por isso, esta fotografia esconde mais do que mostra! 
Há fotografias assim!





O Hillman, o primeiro carro da minha irmã, um verdadeiro carro de assalto!



segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

As minhas obras.

 

Estes são os meus livros. Podem divertir-se e adquirir também em formato digital, na Amazon.com

Atenção que para Portugal, o transporte fica mais barato, em Amazon.es

Se gostarem recomendem aos amigos.

Boas leituras!