quinta-feira, 11 de julho de 2024

Sonho

 



Sonho


Havia um obstáculo imenso à minha esquerda

podiam ser  autocarros, penedos sombrios  e muito transito

ultrapassei pela direita porque tinha pressa, ou queria fugir dali

pousei os pés numa tábua onde mal cabiam os pés

 e segui as marés na procura doutra margem.

A água turva e ondulada do rio

espelhava a alma turbulenta que me suportava

e a  espuma da maresia me incitava a parar


Nao sabia se era profunda a dimensão da viagem

nem se tinha regresso

mas continuei sempre

sempre e indefinidamente.


Nunca o rio me parecera tao longo e largo

Foi o tempo sem cair, que me deu me forças e orientou a viagem

o medo sumira e e foi de braços abertos que as encontrei, a sorrirem para mim.

11-7-24

Manuel Rodas



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