Na terra árida e dura, a enchada canta, Erguendo sulcos profundos na lida exaustiva, O suor se mistura com a terra, que planta, E o trabalhador, valente, persegue sua cativa.
Nervuras cansadas das mãos que laboram, Afagar do cabo rude, com calos marcados, Lutando com bravura, que a vida não ignora, Para ver brotar da terra frutos abençoados.
O sangue do esforço, derramado no arado, Nutre a terra mãe, que em seus braços o acolhe, Corpo exausto, persistente, jamais desalentado, Na esperança de recolher na vida, o que o tolhe.
Fome que aperta, que castiga e desafia, Mas a vontade é forte, e o sonho é maior, Plantando sementes de um futuro que almeja, O homem se ergue, em busca de um mundo melhor.
Liberdade é a meta, a utopia que almejamos, Enfrentando agruras, buscando justiça e igualdade, Nas lutas diárias, com fé e esperança, clamamos, Por dias melhores, onde reine a liberdade.
Que a enchada siga firme, o suor a regar a terra, Afagando a esperança, enraizando o amor, Nervuras de um povo que com bravura encerra, O sangue da luta, buscando um mundo melhor.
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