O peito, sôfrego da luz, arqueava para sentir o teu bocal de veludo quente.
Era um círculo ansioso sem som, uma ausência descolorida, lá no alto, onde as águias dormiam.
Depois do tempo ter assombrado a pele, acorri aos teus braços e ao teu colo, para que me ferisses e reabrisses as feridas mal saradas.
Corria o suor e sangue pelos cabelos hirtos, até aos pés brilhantes da tua luz.
Era um rapaz que morreu, antes de nascer.
Por isso, parti...
E voltei a correr os caminhos do desterro.
Morreram os abutres, mas as pombas continuaram inquietas!
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