Sobre a leitura quase tudo já foi dito: faz bem à alma e ao corpo, ao menino e à menina, aos casados e aos solteirões! Mas, cada vez se lê menos, segundo dizem as editoras e os observatórios de leitura!
A net é acusada de ser a principal responsável, mas os preços dos livros nunca são referidos, nem a vida agitada, que não deixa tempo e disponibilidade para chegar a casa e ir ler.
Nos transportes públicos ninguém lê. Vão todos agarrados ao polegar a clicar no telemóvel. Nem o rapaz vê a linda moça que vai ao seu lado, nem o contrário. Apenas os mais velhos sorriem cheios de condescendência.
O que fazem as entidades públicas para estimular a leitura?
Muito pouco. Apenas alguns bibliotecários estimulam a leitura aos que já lêm! Convidam escritores a falarem sobre a sua obra, promovem cursos de escrita criativa, jogos florais menos, concursos literários, ainda menos!
A tecnologia já permite que a máquina leia o livro para mim, enquanto, de olhos fechados ouço as ondas do mar. Adormeço, mas a máquina continua a debitar capítulos monótonos, atrás de capítulos, com voz monocórdica. Pode ser que a IA dê um empurrão.
Serão as gerações futuras condenadas a ouvirem, em vez de lerem?
E quantos são aprazes de procurarem informação na net, e lerem um artigo científico?
Quantos aguentam ler um livro de ficção?
Os nossos alunos queixam-se que as obras são muito difíceis e resta-lhes ler uns resumos, que as editoras vendem ao desbarato, sem pagar direitos de autor.Os professores desesperam e estilhaçam a imaginação à procura das estratégias didáticas que favoreçam a atividade. Sem grandes resultados.Na net abundam conselhos aos pais e aos filhos para lerem cada vez mais e melhor.
(Continua)
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