sábado, 18 de junho de 2022

(5705) Aceredo

 




As arestas chocaram-se no frio do granito, desenhando, com saliva e paus, o caos em que a vida se tinha  transformado. 

Organizaram-se em blocos que caíam na alma com todo o estrondo dum mundo ainda sem presente. 

Apenas lava ardente que um dia tinha vindo das estrelas e aqui julgara ter encontrado um refúgio. Verde e azul. 

Alguém, lá longe, tinha assinado um papel que, de esquina em vale, cidade em serra, determinava o início da era do caos. E o caos se fez gente, dor e saudade. Se fez raiva e tristeza e... grito!



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