sexta-feira, 25 de março de 2022

Adeus, Costa, meu primo, meu irmão!

 Ler em voz alta com música de fundo

https://youtu.be/0T7uxAbg9l0


Adeus, Costa


adeus, adeus, adeus

nunca mais sentirei o teu olhar no meu abraço

no mais profundo da humanidade de cada um

nunca, nunca mais

nunca mais beberei contigo na frescura do Corgo

nunca, nunca mais

nunca mais acenderemos o cigarro na noite, ao luar

nunca, nunca mais

nunca mais nadaremos o rio da Várzea

nunca, nunca mais

nunca mais assaremos o rojão na lareira

nem cozinharemos o bolo da pedra

nunca, nunca mais

nunca mais me contarás as aventuras em França

nunca, nunca mais

nunca mais me dirás os segredos do porco bravo

nunca, nunca mais

nunca mais teus olhos azuis chorarão

a dor da separação e da resignação.


Adeus Costa

adeus, adeus, adeus.


Fico com minha dívida por pagar

sem te poder dizer

- como foi possível nunca te ter dito?-

como me soubeste dizer e fazer sentir

que contigo, em Passárgada

o rei era meu amigo

e podia fazer tudo o que quisesse.

Adeus, Costa

adeus, adeus, adeus


Manuel Rodas

25 março 2022




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