Desculpa.
Fiz por ti o que pude e ainda mais faria
se me pedisses e
eu achasse necessário e disso fosse capaz.
Canto os teus sucessos
empolgo-me com as tuas aventuras e as traições que te fizeram
os amores que te ajudaram a ser quem és
e os desamores que também te ajudaram a recusar quem não és.
O que eu faria e ...fiz!
Mas não estava à espera que medisses com régua e esquadro o que fiz por ti
nem contabilizaste o que poderia ter feito por ti
com débitos e créditos.
Não, não estava à espera que medisses os meus passos
como se fosse o Zé do Telhado,
a saltar-te ao caminho para te roubar,
ou exigir a devolução do que te tinha dado.
Não estava à espera e isso magoou-me
vim para casa a espremer a ilusão dum amigo
e depois de me contornar e abrir ao meio
sorri.
De que sorri eu?
Sorri a agradecer a amizade incompreendida.
A quem poderia eu desculpar
se não tivesse um amigo que me ofendesse?
Sim, quem me viria pedir desculpa por me ter ofendido?
Quem mais me pode ofender que não seja meu amigo?
Por isso, obrigado, amigo.
Sem saberes, deste nova vida à amizade,
pintaste de preto, para que eu pudesse estender o branco e o azul
partes para que eu possa consertar
arrancas e eu semeio
destróis e eu reconstruo
sujas e eu limpo
feres e rasgas e eu coso.
Quanto vale uma amizade?
MRodas
2 janeiro
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