Era apenas um pau perdido nas arestas das rochas
Trazia a memória dos sonhos da árvore sua mãe
Que cedo lhe dizia
Faz-te ao mar, faz-te ao mar...
Trazia a memória dos sonhos da árvore sua mãe
Que cedo lhe dizia
Faz-te ao mar, faz-te ao mar...
E o pau, resto desse sonho
Já chegara à praia
Onde as ondas continuavam as orações da mãe
Faz-te ao mar, faz- te ao mar
Adormecia enrolada na areia
A ouvir as gaivotas e o ronronar das ondas
Mas ao mar para quê? Tanta àgua...
Foi preciso vir uma criança
E transformar a madeira em vela e casco
A oração em viagem
E o sonho em aventura
Vai pau! Faz-te ao mar!
E o pau se fez caravela
Flor, vento e promessa
Acenar aos continentes
Que a viagem vale a pena quando me solto de mim
Te olho nos olhos de agua e floresta
Flor, vento e promessa
Acenar aos continentes
Que a viagem vale a pena quando me solto de mim
Te olho nos olhos de agua e floresta
O mar acalenta o sonho
E tu me levas na doce brisa do teu sorriso
Quando num abraço levamos o mundo dentro de nós
E encontramos naus e bandeiras
De braços abertos
A dar- nos voz!
MRodas
Para quando um livro de poesia com todas estas maravilhas?
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