depois do silencio tu
depois da fome tu
depois da angustia tu
depois de ti eu
depois da fome tu
depois da angustia tu
depois de ti eu
beber nos córregos e arrepios de luar o teu corpo
toda a sede que juntei nos caminhos quase morto
conjugar os sentidos numa gramática à maresia
letra sangue poema e nervo com desespero e nostalgia
toda a sede que juntei nos caminhos quase morto
conjugar os sentidos numa gramática à maresia
letra sangue poema e nervo com desespero e nostalgia
em ti o deserto se perdeu
mata me a mim que sou teu
mata a sede que é tua
leva-me ao mar distante e feio
numa caravela de alma nua
mata a sede que é tua
leva-me ao mar distante e feio
numa caravela de alma nua
recebe as flores de punho em riste
e tece em cada mão, em cada seio
a história mais livre que já viste
eu pedra
tu água
eu sede
tu fonte
eu rio
tu ponte
MRodas
tu fonte
eu rio
tu ponte
MRodas
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