Corres por dentro de ti, agarrada ao desespero das pedras soltas no caminho
a vida foi invadida pela penumbra da dor e morte num abraço tardio de sofrimento
não foi inteiramente surpresa pois as pedras sempre lá estiveram amontoadas na berma das palavras e dos braços
sempre lá permaneceram a fazerem caretas e ameaças com risos e chacotas
sempre lá permaneceram a fazerem caretas e ameaças com risos e chacotas
mas agora foi diferente
atiraram-se a ti com uma fúria e raiva descontroladas, bloqueando as saídas para um outro lugar
foste digna, permaneceste em pé, enquanto as pedras te rasgavam o corpo e bloqueavam o coração
as pedras recuaram perante a tua serenidade e a natureza veio em teu socorro
começou a chover para que a água te lavasse a pele e o arco íris te afagasse as feridas
só depois veio o sol aquecer-te a alma
e um pássaro que nunca tinha cantado, soltou as mais belas canções, acordando em ti, os sorrisos adormecidos
começou a chover para que a água te lavasse a pele e o arco íris te afagasse as feridas
só depois veio o sol aquecer-te a alma
e um pássaro que nunca tinha cantado, soltou as mais belas canções, acordando em ti, os sorrisos adormecidos
Tive medo não te reconhecer
era de noite
e tu permanecias luminosa como o firmamento transparente e azul dos teus desejos
era de noite
e tu permanecias luminosa como o firmamento transparente e azul dos teus desejos
MRodas
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