Ar dado, ar refeito
arado
pedra a letra
muros de parágrafos
jugo de sinais, pontuação
escrita de sulcos
rasgados
regos, regados e lavrados
a sementes
ói pedra
ói dor
ói vida
lavra
sacha a tinta
monda as personagens
procura a coerência
da sementeira
que há de ser
verde primeiro
flor e espiga
Será madeira
remo ou nau?
descerá o rio
chegará ao mar
à pimenta?
Terá filhos e morrerá
sem os conhecer?
Ó órfão de tinta
inventor do perdão
abriu-se o mar perante ti
e em passos firmes
trespassaste o espaço entre linhas
e gritaste: Liberdade, estou aqui!
Arcos de Valdevez, 18 7-17
MRodas
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