quinta-feira, 8 de junho de 2017

Dragões

Diz-me que sou o teu dragão
Diz lá
Diz que me levas pelos ares
Me incendeias a alma
E derretes a minha indiferença

Não
Eu sou o teu dragão
E levo-te aquele palácio de musgos e cal
Onde as manhãs claras são antes das noites sombrias
Convoco o fogo
Para que o teu corpo
Não mais arrefeça
E a solidão seja um circulo longínquo

Em cada escama
E em cada garra
Eriço o desejo
Para que voes e
Na ultima ameia de cinza
Me libertes e sejas minha!

MR

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