Enquanto choras, amigo
Há aves a
escorrerem-me pela face
Com a
velocidade das lágrimas
A fingirem nuvens nos meus olhos
A fingirem nuvens nos meus olhos
As rugas
na minha face
São o
lastro, córregos da tua via láctea
Por onde
as lágrimas teimam em fingir
Que são
pássaros.
Persigo
os teus gestos
No rasto
dos dias cheios de promessas
Tardiamente
enfeitados de pássaros e nuvens.
Cego,
ouço apenas os teus passos
Que se
arrastam na minha memória
Onde
habitam as nuvens que desenhaste em mim.
Tu, ou
apenas a impossibilidade de te saber?
Oeiras, 25 maio 2015
Manuel Rodas
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