Grita Abril, pá, grita Abril e grita Maio!
Grita os cravos, a liberdade, a mudança!
Sim,
mas...
Ó
pá, qual mas, nem meio mas... grita e canta, novos ventos, novos risos e
esperanças!
Sim...
Nada disso! Vem connosco. As ruas, as festas, os cravos!
Onde? Onde estão?
Não vês? Olha aqui dentro dos meus olhos! Diz-me o que vês?
Sombras...
Quais sombras? Festa, flores e espingardas!
Não vejo nada disso.
Repara bem. Lá no fundo! Não vês o povo rubro, os punhos e
os cartazes?
Onde?
Bom, diz-me o que vês!
Vejo o povo resignado, mas colorido das luzes neon da tv,
net e smartfones...
Vê bem, à esquerda e à direita!
Nada. Apenas palavras soltas e desenhos de poetas, pelo
chão.
E a liberdade?
Nada. Só uma névoa que nos tapa os olhos. Uma crença, nada
mais!
Sai daí. Tu não sabes ver!
Manuel Rodas
2-4-2015
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