Já de todo esquecido dos incómodos da viagem, pois que
muitos colegas, se tinham visto a braços com o enjoo e balanços do navio, já só
tenho um desejo, pisar esse oásis e beijar essa pérola... Fundeamos. Junto ao
convés, fico absorto, não dando conta do que se passa em meu redor. Não tenho
olhos, sentidos e coração senão para essa poesia lírica, para essa tela de
formosura, para essa mística beleza do feio-belo! E assim fico a sonhar. Mas
devido a ser já um pouco tarde e o mar não o permitir, fomos obrigados a
esperar para o dia imediato, a fim de principiar o desembarque logo de
manhãzinha. É, agora, a ocasião para observar e fixar os traços fisionómicos
desse nosso hospitaleiro porto do Faial: que tinha ocorrido à doca para nos
saudar e apresentar cumprimentos de boas-vindas: Nos seus rostos transparentes,
exuberantemente, a vida calma, vida suavizada por tão melancólica e poética
munificência e quietude! Os olhos são vivos; a voz cantante; alegres, sãos,
comunicativos e expansivos. E ... as faialenses!? ... Sonhadoras e meigamente
lindas! Olhos fluídicos e hipnotizantes; as lindas faces rosadas ao natural, as
pequeninas bocas, recortadas em coração dum vermelho-cereja, mas ...
naturalíssimo! Elegantes, delicadas, a voz parece quebrar de amor; simplesmente
angélicas, estas lindas faialenses.
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