MENINA VERDE E CASTANHA
Estou sentado no jardim,
Espero por ti.
Hás-de vir cheia e quente
Almiscarada de vapores e fumos
Virás doce – sorrindo.
Sentar-te-ás a meu lado;
E depois de sacudires o cabelo
Cruzarás as pernas e dirás:
- Olá, como estás? Vai uma jeropiga?
Eu? Como estou?
Estou à tua espera.
Há muito tempo.
Sedento do teu sabor de outono.
Doce e frívola,
Acre e quente.
Sim quero abraçar-te,
Despir-te em cada ruga, rio, vale,
flor ou fruto…
Beijar-te na fúria da tua boca
E sangrar nos abraços dos teus.
Ó menina verde e castanha,
dum tempo em que adormecia
nos teus braços lisos de madrugada,
enquanto me sussurravas baixinho:
- Acorda menino. Já sou tua. É dia !
13
novembro 2013 Manuel Rodas
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