quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Aos amigos




Há um nó na garganta
Um suspiro mal contido!
Amigo,
Quando acenderás no meu, o teu olhar
Quando gritarás do outro lado
O meu nome: Vens?

Vou contigo!
As tuas palavras em fogo
Os teus gestos transparentes
Prendem-nos ao futuro que já sabemos
Como papagaios de nuvens esfomeados!

Vou contigo!
Ouvir  a música que em mim se anuncia
Na pauta simétrica do tempo.
Em cada esquina,  uma decisão
Em cada dia uma consequência!

Vamos!
Pego nas ideias ainda adormecidas
Cerro a porta, que não mais abrirei
E pegada a pegada
Faço o caminho
Que não mais pisarei!

(... o caminho faz-se caminhando, não é, Machado?)
5-9-53



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