Deves ter
um nome, pelo qual te reconheça e os outros te saibam.
Um nome que diga quem és.
Um nome que evoque em mim o que sinto por ti, de cada vez que sussurrar o teu nome a tua imagem me apareça delineada num contorno de luz, azul ou de todas as cores.
Um nome que me ligue a ti através de sons e imagens, como vem nos livros.
Os nomes estão lá e nós vamos direitos a uns e não paramos noutros. E só os que lemos nos fazem falta, só eles querem ser lidos e se oferecem de dedo no ar, olhos ansiosos á espera que eu repita os nomes, os olhos a oferecerem-se e as mãozinhas no ar a dizer, aqui, aqui ! E eu a sorrir, a afastar uns e a procurar o teu nome.
O teu nome sobrepõe-se pela definição dos contornos, pela luz que brilha sempre da mesma forma, de noite ou de dia.
O teu nome. Soletrado baixinho para não me enganar. Sussurrado na minha almofada, a olhar para a nogueira, que a minha mãe há de mandar cortar.
O teu nome nasce-me, vem lá de baixo e com pinças invisíveis sustem as pregas da minha boca e num bailado solta o ar que me vem de dentro e o teu nome sibila nas arestas secas dos meus lábios frios frios e o bafo faz figuras de dança nas vidraças do meu corpo, enquanto pronuncio o teu nome, ele escorrega docemente, poisa em mim, de volta a mim.
O teu nome vai voa, borboleta e volta sempre a mim. Eu tenho o teu nome comigo e ele dorme dentro de mim. Basta-me acordá-lo e sentir as caricias do teu nome.
O perfume do teu nome.
O silabar do teu nome.
Não estarei mais sozinho. Doravante o teu nome acompanha-me.
Eu sou o teu nome, o teu nome sou eu.
Temo-nos. E quando alguém disser o teu nome é o meu que sinto. Ainda que ninguém saiba.
É o teu nome que se alerta em mim.
Eu tenho-o e ele tem-me.
E ninguém mo pode tirar ou tão pouco separar-nos! E de agora em diante o teu nome permanecerá e viverá sempre comigo.
Dentro da minha vida. Dentro da minha eternidade.
O teu nome!
MRodas
Um nome que diga quem és.
Um nome que evoque em mim o que sinto por ti, de cada vez que sussurrar o teu nome a tua imagem me apareça delineada num contorno de luz, azul ou de todas as cores.
Um nome que me ligue a ti através de sons e imagens, como vem nos livros.
Os nomes estão lá e nós vamos direitos a uns e não paramos noutros. E só os que lemos nos fazem falta, só eles querem ser lidos e se oferecem de dedo no ar, olhos ansiosos á espera que eu repita os nomes, os olhos a oferecerem-se e as mãozinhas no ar a dizer, aqui, aqui ! E eu a sorrir, a afastar uns e a procurar o teu nome.
O teu nome sobrepõe-se pela definição dos contornos, pela luz que brilha sempre da mesma forma, de noite ou de dia.
O teu nome. Soletrado baixinho para não me enganar. Sussurrado na minha almofada, a olhar para a nogueira, que a minha mãe há de mandar cortar.
O teu nome nasce-me, vem lá de baixo e com pinças invisíveis sustem as pregas da minha boca e num bailado solta o ar que me vem de dentro e o teu nome sibila nas arestas secas dos meus lábios frios frios e o bafo faz figuras de dança nas vidraças do meu corpo, enquanto pronuncio o teu nome, ele escorrega docemente, poisa em mim, de volta a mim.
O teu nome vai voa, borboleta e volta sempre a mim. Eu tenho o teu nome comigo e ele dorme dentro de mim. Basta-me acordá-lo e sentir as caricias do teu nome.
O perfume do teu nome.
O silabar do teu nome.
Não estarei mais sozinho. Doravante o teu nome acompanha-me.
Eu sou o teu nome, o teu nome sou eu.
Temo-nos. E quando alguém disser o teu nome é o meu que sinto. Ainda que ninguém saiba.
É o teu nome que se alerta em mim.
Eu tenho-o e ele tem-me.
E ninguém mo pode tirar ou tão pouco separar-nos! E de agora em diante o teu nome permanecerá e viverá sempre comigo.
Dentro da minha vida. Dentro da minha eternidade.
O teu nome!
MRodas
Caro senhor Manuel Rodas,
ResponderEliminarVimos, por este meio, informar que o seu poema e o seu texto foram publicados na Escrita Criativa de Agosto, poderá ler nos links:
http://www.myebook.com/ebook_viewer.php?ebookId=138434
http://issuu.com/escritacriativa/docs/revista_26
Soberbo, divinal, sentido, erudito... encantador. Obrigado Manuel pelo momento de leitura nobre que me proporcionáste. Beijo Sofia Malheiro
ResponderEliminar