Fui visitar o Palácio da Presidēncia.
Casa de D. Luis, D. Carlos, e da Republica. Ainda vi os aposentos onde era suposto Marcelo Rebelo de Sousa dormir, mas ... não estava.
Vale a pena visitar por 3 euros...
Deixo aqui mensagens e as minhas reflexões sobre os percursos por onde vou passando..."caminhante, não há caminho, o caminho faz-se caminhando..."
domingo, 9 de setembro de 2018
Palácio da Presidēncia Cascais
sábado, 8 de setembro de 2018
Rei
quarta-feira, 5 de setembro de 2018
O medo
domingo, 2 de setembro de 2018
domingo, 26 de agosto de 2018
Reino maravilhoso
e podia entrar e sair do castelo
que tinha inventado
redesenhar os muros e as salas
as paredes e os tapetes
Até podia colocar as pessoas
nos locais certos
vestidas às cores
rasgar as janelas
e brincar nas ameias
e seduzir as damas
ou ir æs cavalariças
e escolher o alazão preto
porque era amigo do rei
porque tinha receio de não mais voltar
alguém prendeu o rei
e raptou a rainha
dos caminhos para o castelo
não sei onde está o rei
que era meu amigo...
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
Homenagem
Celebro todos os que a combater morreram
sonhando com as àguas deste rio
e desenharam as imagens que hoje retenho deles
De mãos dadas
chegavam do adro até às margens frescas cheias de salgueiros
e retalhos de cores
das lavadeiras de roupa
Eles continuam de mãos dadas
dum lugar ao outro mais incerto ainda
e vão continuar assim
por muito tempo
depois do poema ter acabado
Depois disso
a quem darei eu as minhas mãos
e em que rio
lavarei minha alma?
MRodas
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
O cretino
O cretino transpira veneno por todos os poros, ė uma raiva, um esgar fedorento.
Não se lava, chafurda.
Quando pestaneja, já se adivinha a intenção, fazer mal.
O cretino não chora, remela.
Se não fala, congemina, destila pus e lepra
Se fala, rumina e arrota.
Se boceja, impesta o ar em redor.
Se vocifera, consome-se na sua própria nausea.
Alimenta-se da inveja mais escura e soturna.
Quer ser grande porque fatalmente é pequenino.
Estica-se tanto que dá gozo vê-lo estatelar-se no esterco.
O cretino faz interpretações de merda,
onde está amizade e amor vē ódio, onde o altruísmo, lê desprezo e, onde está solidariedade, escreve suborno e más intencões.
Acredita ver tão longe que tropeça em si próprio,
ensarilha as ideias num pútreo mau hálito
enquanto a saliva verde lhe escorre pelos cantos da boca.
O cretino ė manipulador, pensa uma coisa e diz outra
Ajuda a levantar-te para ter o prazer de te empurrar novamente.
O cretino não respira, incha e sibila putrefação.
Morra o cretino, morra,
Pim...
quinta-feira, 16 de agosto de 2018
terça-feira, 14 de agosto de 2018
Uma aldeia solitária
Este é o link com o filme UMA ALDEIA SOLITÄRIA, de Carlos Silveira, baseado no meu livro MANUAL DE RAMIL : Agradeço a divulgação.
Obrigado. MRodas
https://vimeo.com/282409564
domingo, 5 de agosto de 2018
Cabras
Sairam 3 cabras do redil
mascaradas de bruxas lucifėricas
pernas negras frias em funil
buço reluzente esguio fumegante
com o carvão do inferno rubro
em chagas pelo corpo enfeitado
alma escorrendo pus e veneno
cuja aragem pestilenta e ácida
fazia secar a flor mais singela
e desmembrar um homem em seu sono acamado
apontaram para a minha sombra clara
e as trēs à uma berraram: foste tu!
invoquei as forças que do bem sempre perduram
e sobre mim desceu uma névoa de raiva justa e incrėdula
capaz de exterminar este mal à face da terra
vingador de todos os assustados
que outro remédio não tiveram na vida
senão às cabras e cabrões obedecer.
berraram em uníssono luz acesa
exalaram o pútreo asqueroso veneno
dispostas a não renunciarem
a tão aparente frágil presa.
Não há cabra, nem cabrão neste mundo
que no meu peito a infâmia inscreva
nem com fogo, ou veneno profundo
raiva, desgraça ou cornadura andante
pedras pintas, pedras altas
fogo nas profundezas
lugar de baixezas
contigo desapareça toda a vilaneza que nesta terra semeaste
e de lä nunca se solte e retorne
nem te libertes de toda a desgraça
pus, veneno que na morte se consome
que os vulcões sejam teus guardiões
a lava a tua sede e o fogo a tua fome.
ficou no ar cheiro a enxofre arder
voou uma ave no cėu ainda quente
e viu-se a flor singela estremecer
quanta força exige esta desgraça
mais a tormenta parece aumentar
se desistirmos pesarosos da afronta
e pelo mal nos deixarmos confundir
não sabendo nós já que partido tomar.
erguei-vos desse sono mais profundo
indignai-vos com o mal que aqui se encerra
e dai voz aos humilhados de todo o mundo.
domingo, 29 de julho de 2018
A Várzea, vista do Olelas
É o olhar dos outros que define as nossas fronteiras, aqui e além, perto e longe! Ė o olhar dum país para outro, no ponto onde dão as måos...
Como eu e tu... no abraço das nossas fronteiras e na intimidade dos nossos desejos!