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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Por Soajo In, A Vanguarda, 5-10-1969

Quando fazemos crítica, considerada derrotista, o que assim e em boa verdade não é, não o fazemos pelo prazer de atacar quem quer que seja! Procuramos, isso sim, formular os nossos pontos de vista, ainda que medíocres, sobre casos e coisas, que mereçam a nossa e vossa atenção e que a possam merecer, também a quem de Direito. Continuaremos a lutar cada vez mais e cada vez com maior entusiasmo em prol da nossa terra e da sua grei.

José de Sousa Rodas

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Casamento- In, A Vanguarda, 16-3-1969

Na capelinha de São Miguel Arcanjo, no lugar da Várzea, em 8 de Março, contraíram o  Sacramento  do Matrimónio, o Sr.  Fernando Preto Rodas, filho de António Preto Rodas, já falecido, e de Rosa Preto Rodas, com a menina Maria Madalena Barbosa Forneiro, filha de Manuel Gonçalves Forneiro e Maria Macieira Barbosa, Ao acto presidiu o nosso querido Pároco, que dirigiu aos nubentes uma bela e adequada prática. Foi servido um lauto e abundante banquete, aos numerosos convidados, em casa dos pais dos nubentes.  Ao novo lar católico, apetecemos as maiores felicidades.

Ramil, 9 de Março de 1969.

Recordar é viver (Continuação), In, A Vanguarda de 3.3.1969



 Já de todo esquecido dos incómodos da viagem, pois que muitos colegas, se tinham visto a braços com o enjoo e balanços do navio, já só tenho um desejo, pisar esse oásis e beijar essa pérola... Fundeamos. Junto ao convés, fico absorto, não dando conta do que se passa em meu redor. Não tenho olhos, sentidos e coração senão para essa poesia lírica, para essa tela de formosura, para essa mística beleza do feio-belo! E assim fico a sonhar. Mas devido a ser já um pouco tarde e o mar não o permitir, fomos obrigados a esperar para o dia imediato, a fim de principiar o desembarque logo de manhãzinha. É, agora, a ocasião para observar e fixar os traços fisionómicos desse nosso hospitaleiro porto do Faial: que tinha ocorrido à doca para nos saudar e apresentar cumprimentos de boas-vindas: Nos seus rostos transparentes, exuberantemente, a vida calma, vida suavizada por tão melancólica e poética munificência e quietude! Os olhos são vivos; a voz cantante; alegres, sãos, comunicativos e expansivos. E ... as faialenses!? ... Sonhadoras e meigamente lindas! Olhos fluídicos e hipnotizantes; as lindas faces rosadas ao natural, as pequeninas bocas, recortadas em coração dum vermelho-cereja, mas ... naturalíssimo! Elegantes, delicadas, a voz parece quebrar de amor; simplesmente angélicas, estas lindas faialenses.

Casamento-In, A Vanguarda de 2-3-1969


 Em 15 de Fevereiro, na capelinha de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de Paradela, contraíram o Santo Sacramento do Matrimónio, o Sr.  José Preto Rodas, filho de Francisco Preto Rodas, já falecido, e de Teresa Preto Rodas, do lugar da Várzea, com a menina Maria Luzia Fail Soares, filha de Manuel Soares e Rosa Afonso Fail, do lugar de Paradela. Ao acto presidiu o nosso muito querido Pároco, que na altura própria dirigiu aos nubentes uma bela e adequada prática. O referido enlace contou com a presença de numerosos convidados aos quais, conjuntamente com os noivos, foi servido um lauto e abundante banquete na casa da mãe do noivo. Ao novo lar cristão, apetecemos as maiores venturas e felicidades de que são dignos. Ele é nosso sobrinho, chegado há pouco de França.
José de Sousa Rodas

Por Soajo, Recordar é viver- In, A Vanguarda de 2-3-1969

 Em 1941, também nós fizemos parte do 1º Batalhão Expedicionário do Regimento de Infantaria nº 8 que, em missão de soberania, largou do Tejo, em 24 de Abril, rumo ao Ultramar Português. Pelas 15 horas, já em pleno mar, o Mouzinho, vai rasgando docemente o mar-safira, vai singrando dolentemente com rumo às guardas avançadas do Atlântico, à suspirada e encantada feiticeira: Ilha Azul, Faial. 
Contra o costado do navio vêm quebrar-se as ondas do mar, ora em ânsias loucas de abraçá-lo, ora lambendo-o de mansinho como a acarinhá-lo por ser o portador de lusitanos novos que, em comprimento do dever, tal como os que indómita e heroicamente se lançaram em busca da glória para a Pátria querida levantando assim cada vez mais o pendão duma heróica e formidável Nação, duma minúscula faixa de terreno que, lá da Europa, junto ao mar, deu novos Mundos ao velho Mundo: Portugal! Assim vão beijando o Mouzinho aquelas ondas alterosas. Assim se seguiram os dias 25 e 26, até que no dia 27 pelas 16 horas se ouviu a encantadora  e  desejada  palavra:
- Terra ... Terra!


Ao longe,  muito ao longe, desenhava-se na diamantina e azulina cor do firmamento, uma mancha escura; à medida que nos aproximamos, torna-se mais visível. Agora já se vê mais: uma, duas e três, etc. Avançamos docemente, o Mouzinho acerca-se cada vez mais dessas escuras e ingentes manchas que, altaneiras se erguem aos céus, mostrando assim ao Mundo mais um pedaço do nosso glorioso e querido torrão nacional. Uma a uma, se vão tornando mais visíveis destacando-se uma que se eleva a grande altura, como que a desafiar o espaço, oiço dizer que tem o nome do Pico. Segundo dizem os nossos superiores, vamos com rumo ao Faial. É agora, que se desenrola ante nossos olhos, a formosura poética dessas encantadoras e poéticas ilhas. É então que me deslumbro ante esse mar imenso de verdura, mosqueado pelo branco das casinhas - quais capelinhas - a disputar em carreira desenfreada, a primazia do lugar ...  É indubitável que só das mãos de Deus sairia tamanha beleza! A ânsia de ver-me junto da cidade da Horta e da ilha, é cada vez maior, fazendo bater num ritmo doce e doente meu coração ansioso. 
José de Sousa Rodas

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Por Soajo in, A VANGUARDA, 28-4-1968



Semana Santa- É uma tradição muito antiga, que o bom povo de Soajo nunca deve deixar acabar, esta das «Endoenças», como são conhecidas por toda a parte. Este ano, mais uma vez, estiveram concorridíssimas não só dos naturais desta freguesia, mas até das circunvizinhas. Parabéns à comissão, que não se poupou a trabalhos e esforços de toda a ordem e era constituída pelos Srs. António Afonso, do lugar da Raposeira e Manuel B. de Brito, do lugar de Bairros. Esperamos que para o próximo ano, sejam novamente uma realidade, para bem da nossa terra e para bem de todos nós.


Recentemente Manuel Afonso explicou o que eram as endoenças
 Liturgia da Quinta-Feira de Endoenças

Os ofícios da Semana Santa chegam à sua máxima relevância litúrgica na Quinta-Feira de Endoenças, quando começa o chamado "tríduo pascal, culminante na vigília que celebra, na noite do Sábado de Aleluia, a ressurr
eição de Jesus Cristo ao Domingo.

Na "Missa dos Santos Óleos" ou Missa do Crisma, a Igreja celebra a instituição do Sacramento da Ordem e a bênção dos santos óleos usados nos sacramentos do Batismo, do Crisma e da Unção dos Enfermos, e os sacerdotes renovam as suas promessas. De entre os ofícios do dia, adquire especial relevância simbólica o "lava-pés", realizado pelo sacerdote em memória do gesto de Cristo para com os seus apóstolos antes da Última Ceia.
História

Na Quinta-Feira de Endoenças, Cristo ceou com seus apóstolos, seguindo a tradição judaica do Sêder de Pessach, já que segundo esta deveria cear-se um cordeiro puro; com o seu sangue, deveria ser marcada a porta em sinal de purificação; caso contrário, o anjo exterminador entraria na casa e mataria o primogênito dessa família (décima praga), segundo o relatado no livro do Êxodo. Nesse livro, pode ler-se que não houve uma única família de egípcios na qual não tenha morrido o primogênito, pelo que o faraó permitiu que os judeus abandonassem do Egito, e eles correram o mais rápido possível à sua liberdade; o faraó rapidamente se arrependeu de tê-los deixado sair, e mandou o seu exército em perseguição dos judeus, mas Deus não permitiu e, depois de os judeus terem passado o Mar Vermelho, fechou o canal que tinha criado, afogando os egípcios. Para os católicos, o cordeiro pascoal de então passou a ser o próprio Cristo, entregue em sacrifício pelos pecados da humanidade e dado como alimento por meio da hóstia.
A data da Quinta-Feira de Endoenças

Num calendário em que varia cada ano para buscar a coincidência da Semana Santa com a primeira lua cheia posterior ao equinócio de outono, as datas mais próximas da quinta-feira de Endoenças são as seguintes:

Manuel Afonso Quinta-Feira de Endoenças Ano Data
2007 5 de abril
2008 20 de março

2009 9 de abril
2010 1 de abril
2011 21 de abril
2012 5 de abril
2013 28 de março
2014 17 de abril
2015 2 de abril
2016 24 de março